Um homem morreu na noite desta quarta-feira (16) após ter atendimento recusado em frente ao Hospital e Maternidade Santo
Expedito, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. A vítima, o vigilante Nelson França, chegou ao local passando mal e ficou agonizando no chão por mais de uma hora, a poucos metros do hospital, à espera de socorro. Neste sábado (17), o diretor do hospital afirmou ao SPTV que, apesar de particular, o hospital também faz atendimentos sociais e disse ainda que vai instaurar sindicância para apurar o que ocorreu.
Em nota, o hospital disse que não corrobora de forma alguma com qualquer tipo de omissão de seus profissionais e, caso seja apurada a responsabilidade de algum envolvido, não hesitará em punir com rigor. O hospital afirmou ainda que a vítima foi "irresponsavelmente" abandonada por um condutor de uma lotação e que se tivesse entrado ao hospital, isso não teria acontecido.
Segundo uma testemunha, dois enfermeiros tentaram ajudar o homem, mas foram impedidos por outro enfermeiro. Esse outro infermeiro disse à polícia que chamou um médico para o atendimento e informou ainda que foram realizados os procedimentos de praxe. Segundo o Corpo de Bombeiros, duas viaturas foram enviadas ao local e, ao chegarem para atender a vítima, ela ainda estava viva, mas inconsciente. As equipes realizaram os primeiros socorros e encaminharam o vigilante a um hospital próximo, onde teve uma parada cardiorrespiratória e morreu.
O delegado José Francisco Rodrigues Filho, de São Mateus, abriu inquérito para apurar eventual omissão de socorro. Ele falou também que considera o laudo do Instituto Médico Legal (IML) uma peça importante para saber o que realmente aconteceu.
Nota de esclarecimento do Hospital e Maternidade Santo Expedito
"A direção do Hospital Santo Expedito tomou conhecimento dos fatores ocorridos na noite de 16 de julho de 2014, em que um veículo de transporte público de passageiros deixou um senhor no logradouro público em frente ao hospital, evadindo-se do local, conforme relatos de pessoas que ali passavam.
A direção do Hospital Santo Expedito determinou abertura de sindicância para apuração do ocorrido e, caso seja apurada a responsabilidade de algum profisisonal, a diretoria do hospital não hesitará em punir com rigor os eventuais envolvidos, colocando-se à disposição das autoridades policiais e do respectivo Conselho de Enfermagem.
O Hospital Santo Expedito não corrobora de forma alguma com qualquer tipo de omissão de seus profissionais, visto que, em sua trajetória, nunca furtou-se em atender vítimas de acidente de trânsito, pessoas baleadas, pessoas em processo de infarto agudo do miocárdio e com acidente vascular cerebral (AVC), entre outras ocorrências, mesmo que deprovidas de convêncio de assistência médica.
A diretoria do Hospital Santo Expedito sempre priorizou o atendimento à comunidade local, composta na sua grande maioria por pessoas menos favorecidas. Nesse caso, em particular, o senhor Nelson França foi irresponsavelmente abandonada pelo condutor da lotação que, caso tivesse adentrado ao pronto-socorro, distante 150 metros do local, este fato não teria acontecido.
O Hospital Santo Expedito está totalmente à disposição para eventuais esclarecimentos.
Atenciosamente,
Direção Hospital Santo Expedito"
Reprodução cidade News Itaú via G1
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