Um condenado à morte agonizou durante quase duas horas nesta quarta-feira (23), após receber uma injeção letal durante uma execução no Arizona, sudoeste dos Estados Unidos, informou a promotoria estadual.
Esta execução particularmente longa, já que em geral os condenados morrem em cerca de dez minutos, foi efetuada em meio a uma polêmica nos Estados Unidos em torno da eficácia e da origem dos produtos utilizados nas execuções.
"Levou duas horas para que Joseph Wood morresse, e ele lutou para respirar por cerca de uma hora e quarenta minutos", afirmou Dale Baich, advogado do executado, em um comunicado apresentado depois.
O advogado disse que Wood tinha recebido uma mistura de duas drogas: midazolam combinada com hidromorfona, um derivado da morfina. Mas esse coquetel experimental 'falhou.'
"O Arizona parece ter se juntado a vários outros estados irresponsáveis em um horror que era absolutamente previsível", denunciou Baich.
Wood, de 55 anos, foi condenado à pena de morte por ter matado a tiros em 1989 sua ex-namorada Debbie Dietz, de 29 anos, e seu pai Gene, de 55.
Nas últimas 24 horas, Wood havia apresentado vários recursos e apelado inclusive à Suprema Corte dos Estados Unidos pela falta de informações sobre o procedimento de injeção letal usado neste Estado.
Wood havia criticado os riscos de sofrimento inconstitucionais que poderia correr durante sua execução, na ausência de informações sobre os produtos utilizados e sobre a formação dos responsáveis pela aplicação da injeção letal.
O Arizona se limitou a indicar que Wood seria executado com os mesmos produtos utilizados em outra polêmica execução realizada em janeiro no estado de Ohio (norte). Durante aquela execução, o condenado se debateu e gemeu durante 26 minutos.
A execução de Wood foi a 26ª deste ano nos Estados Unidos, e a primeira no Arizona desde outubro de 2013. Neste estado, 37 condenados foram executados desde 1992.
Reprodução cidade News Itaú via G1
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