Sempre animados, os argentinos presentes no Maracanã apoiaram a seleção de seu país do início ao fim da decisão da Copa do Mundo. Mas
eles não contavam com uma torcida brasileira atenta, mais bem treinada que a seleção de Felipão, que reagiu a cada grito e conseguiu abafar a pressão dos "hermanos". Ao final, um coro irônico dirigido aos rivais romou o estádio: "Vice-campeão! Vice-campeão!"
É verdade que os brasileiros raramente tomaram a iniciativa de apoiar a Alemanha. Com exceção de um ou outro grito de "Deutschland!!!", os brasileiros adotaram a tática do contra-ataque: a cada grito dos argentinos, eles ensaiavam uma resposta, seja em forma de vaias, seja com o já tradicional "Mil gols, mil gols, só Pelé, só Pelé, Maradona cheirador".
Os argentinos vieram com um repértório variado, mas raramente se fizeram escutar no Maracanã. Não faltou, é claro, o hino deles na Copa: "Brasil, decíme que se siente", que termina dizendo: "A Messi lo vas a ver; la Copa nos va a traer; Maradona es más grande que Pelé..." Quando gritam o nome do camisa 10, os argentinos se curvam para frente, em sinal de reverência quase religiosa ao jogador.
Não houve registro de brigas entre brasileiros e argentinos durante a partida. No primeiro tempo, imediatamente depois da anulação do gol de Higuín, aconteceu uma pequena confusão, logo resolvida pelos seguranças privados do estádio.
A final da Copa de 2014 resgistrou a presença de 74.738 torcedores. Esse número iguala o recorde do Maracanã na sua nova fase, pós-reforma. É o mesmo registrado na primeira partida da Copa no estádio, a vitória da Argentina sobre a Bósnia por 2 a 1.
A final da Copa teve 99 mil pessoas a menos no Maracanã em relação à decisão do Mundial de 1950, entre Brasil e Uruguai. A Fifa divulgou que o público oficial da competição há 64 anos foi de 173.850 pessoas.
Reprodução cidade News Itaú via Uol
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