Um boato de que imóveis haviam sido abandonados, e que os móveis poderiam ser levados por quem quisesse, fez com que moradores da praia de Maracajaú, no litoral Norte
do Rio Grande do Norte, saqueassem um condomínio residencial nesta terça-feira (15). De acordo com a Polícia Militar, usando carroças, carros e caminhões - várias pessoas invadiram o local e levaram o que encontraram dentro das residências, como pias e vasos sanitários.
Em reportagem exibida pela Inter TV Cabugi, o tenente Lira Neto, da PM de Maracajaú, disse que nunca viu algo do tipo em toda a sua carreira na polícia. "Em 13 anos de Polícia Militar, é a primeira que eu vejo uma coisa assim. Os empresários estão assustados, porque se criou uma grande sensação de insegurança. Todos estão com medo que outros estabelecimentos também sejam saqueados, mas garantimos que isso não irá acontecer", disse o policial.
Ainda de acordo com o tenente, o boato tomou uma repercussão muito grande na população local. "Criou-se uma situação maldosa, onde a população foi levada a acreditar que poderia saquear o local. Levaram geladeiras, camas, aparelhos de ar condicionado. Foram caminhões e mais caminhões de itens roubados", disse Lira Neto.
Um morador local, que trabalha como pescador, também participou do saque e foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos. "Eu estava na praia e vi o pessoal saindo com carroças carregando as coisas. Aí chegaram para a gente e disseram que o dono e o vigia tinham liberado. Foi um boato. Por causa disso vim parar na delegacia, mas peço que quem levou devolva para não se prejudicar", disse o morador.
O empresário sueco Kristian Salomak, um dos proprietários do condomínio, negou que o empreendimento tivesse sido abandonado. "A área é privada. Algumas unidades foram vendidas para pessoas que vivem na região da Escandinávia, na Europa. É uma área privada e não pública. Não é para ninguém entrar e pegar as coisas", lamentou.
A Polícia Militar ainda não sabe onde foi que o boato começou. Os moradores que participaram do saque serão chamados para prestar esclarecimentos à polícia local.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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