Um avião de passageiros da Malaysia Airlines com 295 pessoas caiu nesta quinta-feira (17) na Ucrânia, na região de fronteira com
a Rússia.
O Ministério do Interior ucraniano atribuiu a queda da aeronave, um Boeing 777, a "um míssil disparado do solo". O primeiro-ministro do país, Arseni Yatseniuk, ordenou uma imediata investigação do que chamou de "catástrofe".
Segundo o governo da Ucrânia, todos a bordo morreram.
O voo MH17 ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e voava a 10 mil metros quando teria sido atingido. O voo teria duração de 11h55 minutos e percorreria uma distância de 10,2 mil quilômetros.
Um repórter da Reuters no leste da Ucrânia afirmou que dezenas de corpos estavam espalhados ao redor dos destroços ainda em chamas de um avião de passageiros perto do vilarejo de Grabovo.
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos tinham sido encontrados até o momento no local e que pedaços de corpos estavam espalhados por até 15 km. Partes quebradas das asas estavam marcadas com tinta azul e vermelha, as cores do emblema da Malaysian Airlines.
Não está claro que relação a queda do avião tem com o atual conflito entre forças ucranianas e forças separatistas pró-Rússia na região.
Horas antes, as autoridades ucranianas haviam acusado a Rússia de ter abatido um de seus jatos militares -- Moscou negou.
O Ministério da Defesa da Malásia divulgou que, até o momento, não tem confirmações de que o avião foi abatido e que está investigando o acidente.
A Malaysia Airlines afirmou em sua conta no Twitter que perdeu contato com o MH17, e que sua última posição foi registrada no espaço aéreo ucraniano.
Mais tarde, em comunicado, a companhia aérea afirmou ter recebido notificação de controladores de voo ucranianos que perderam contato com o voo MH17 às 11h15 (horário de Brasília), a 30 km de Tamak.
A Boeing informou que está ciente dos relatos da imprensa e que está coletando informação. "Nossos pensamentos e orações estão com aqueles a bordo do avião da Malaysia Airlines perdido sobre o espaço aéreo ucraniano, bem como com suas famílias e seus entes queridos", disse nota da empresa.
Rebeldes separatistas da região leste da Ucrânia, onde o avião caiu, negaram qualquer envolvimento. "Nós simplesmente não temos esse sistema de defesa aérea", de acordo com a agência Interfax.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, também negou que o Exército do país tenha participação.
"Nós não descartamos que esse avião tenha sido derrubado e reforçamos que as Forças Armadas da Ucrânia não agiram contra alvos aéreos".
"Este é o terceiro evento trágico nos últimos dias, quando aeronaves militares ucranianas An-26 e Su-25 foram derrubadas em território russo"!, diz a declaração do presidente.
"Estou chocado por relatos de que um avião da MH caiu. Estamos lançando uma investigação imediata", disse o premiê da Malásia, Najib Razak, em sua conta no Twitter.
Putin conversou com Obama sobre acidente
Agências russas de notícias divulgaram hoje que o presidente do país, Vladimir Putin, conversou com o presidente dos EUA, Barack Obama, por telefone, sobre a queda do MH17 na Ucrânia. Putin teria informado Obama do acidente imediatamente após o ocorrido, mas até o momento nem o Kremlin nem a Casa Branca afirmaram que o Boeing 777 foi derrubado.
O governo norte-americano divulgou que direcionou altas autoridades dos Estados Unidos para manter contato com o governo ucraniano.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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