Atiradores expulsaram os investigadores do local da queda do avião da Malaysia Airlines e “lunáticos” ainda tornam a vida
difícil para aqueles que querem descobrir o que derrubou o voo MH17, disseram autoridades nesta quinta-feira (24).
Enquanto os ministros das Relações Exteriores da Austrália e da Holanda se reuniam com autoridades ucranianas para coordenar a investigação, o chefe do Serviço de Situações de Emergência da Ucrânia e o líder de uma missão da polícia holandesa afirmaram que seu trabalho no local está sendo dificultado.
A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), entretanto, disse não ter havido incidentes e que receberam especialistas da Malásia e da Austrália, que perdeu 28 cidadãos no acidente.
O Ocidente pediu uma investigação meticulosa sobre a queda do voo MH17 no leste da Ucrânia para fazer justiça às 298 pessoas mortas, mas expressou o temor de que os rebeldes estejam impedindo que os investigadores façam seu trabalho.
“Eles levaram as barracas que estavam na nossa base”, declarou Serhiy Bochkovsky, que chefia o serviço de emergências, em uma coletiva de imprensa na cidade de Kharkiv, no leste ucraniano, de onde os restos mortais das vítimas estão sendo enviados para casa.
“Só nos permitiram ficar com nosso equipamento e maquináreis, e fomos expulsos sob a mira das armas”. Bochkovsky não informou quando isso aconteceu.
O chefe da missão da polícia holandesa na Ucrânia, Jane Tuinder, também disse estar difícil ter acesso ao local para buscar mais restos das vítimas, a maioria holandesa.
“Mas o processo não terminou, ainda há restos no seu país e é muito duro chegar lá, porque há alguns, e não é politicamente correto dizê-lo, mas ainda há alguns lunáticos lá”, declarou Tuinder.
A Holanda assumiu formalmente a condução do inquérito sobre a queda nesta quinta-feira, depois que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por unanimidade uma resolução criticando a derrubada do avião e exigindo que os grupos armados permitam “acesso seguro, completo e irrestrito” ao cenário da tragédia.
Colocar os holandeses a cargo da investigação criminal foi uma maneira de contornar a oposição da Rússia à resolução da ONU caso Kiev liderasse os trabalhos, disse a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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