Alvaro Gallegos, de 26 anos, veio com 12 conhecidos para o Brasil. Ele chegou na cidade há nove dias e pretende ficar aqui até o fim da participação chilena no torneio. Os torcedores que vieram com ele acompanharam a equipe do Chile em outras cidades, mas ele teve que permanecer por não ter condições financeiras de ir para outras cidades-sedes. Ele gasta cerca de R$ 8 por dia para se alimentar, dorme nos quiosques à noite e toma banho nos chuveiros de água doce.
"Eu costumo comer aqui pela praia ou em Copacabana mesmo. Desde que eu cheguei, como salgados três vezes por dia. Eles são saborosos e baratos, pago R$ 2,50 em cada um. Tudo o que eu faço é aqui na areia, tomo banho, me alimento e dá até para jogar bola", disse.
Furto noturno
Os torcedores se conhecem durante o dia e nem todos vieram juntos para o país. Raul Quezada, de 38 anos, teve seu celular roubado no primeiro dia em que chegou ao Rio. Segundo ele, sua carteira com todos seus documentos também foi levada, durante a noite, enquanto ele dormia na praia.
"Estou sem documentos e celular, mas isso não vai estragar a minha viagem. Estou aqui há 12 dias, durmo na praia, conheço pessoas novas e estou gostando muito da cidade. Para voltar para o Chile, terei que passar no consulado para resolver minha situação", comentou Raul.
Algumas pessoas do grupo conseguiram ajuda de cariocas que conheceram durante a Copa. Cristobal Vielma, de 21 anos, ficou hospedado por duas noites na casa de um amigo e desde o dia 17 de junho está dormindo na praia. Para ganhar dinheiro, ele gastou suas economias comprando cerveja em um depósito de bebida e revende para turistas na orla.
"Consegui esse isopor e comprei cerveja com o dinheiro que eu trouxe. Vendo por R$ 5 a lata e consigo lucrar. A cidade é muito bela e a gente tem que aproveitar. Com o dinheiro que eu ganhei consigo comer, beber e me divertir. Talvez eu durma em algum albergue antes de voltar para o Chile", disse Cristobal.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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