O partido Solidariedade (SDD) oficializou neste sábado (21) o apoio da sigla à candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. O tucano,
que foi aclamado candidato pelo PSDB no dia 14, prestigiou a convenção nacional do aliado oposicionista, em São Paulo.
Durante o evento partidário, os integrantes do Solidariedade aprovaram a indicação do nome do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, para a vaga de vice na chapa encabeçada por Aécio. A indicação serve apenas como sugestão para a cúpula do PSDB, que ainda não definiu quem irá compor a chapa presidencial ao lado do senador mineiro.
Ao chegar à convenção do Solidariedade, Aécio reiterou que só irá fazer o anúncio do seu vice em 30 de junho e que o nome que será anunciar deve ser "complementar" a sua candidatura.
"O que há é um excesso de nomes qualificados. Nosso problema é um problema bom. É como o problema do Felipão, tem muita gente boa no banco para entrar e muita gente boa em campo", brincou o candidato do PSDB.
Questionado sobre a possibilidade de o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ser indicado para ser seu vice, Aécio afirmou que o cearense "é um dos nomes qualificados à disposição do partido".
Apesar de seu partido ter sugerido o nome do presidente da Força Sindical para a vaga de vice, o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, disse durante o evento partidário que ele tem tentado negociar a candidatura do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD) para a vaga.
Segundo Paulinho, a oferta do posto de vice para Meirelles é uma tentativa de assegurar o apoio do PSD à candidatura de Aécio. "Acho que isso [apoio do PSD] não está sendo fácil de costurar, mas vamos ver até o final da semana que vem", ressaltou o presidente do SDD.
'Mudança'
Ao discursar no evento, Aécio fez uma ironizou a campanha do PT, que fala em "mudança" e oficializou neste sábado a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência. "Sabe qual é a palavra que mais se fala hoje na convenção nacional do PT? É em mudança. Esse governo é tão ruim que até o PT quer mudar. Nós vamos mudar, mas vamos mudar sem o PT", declarou.
Vestido com um casaco do novo partido aliado, Aécio agradeceu o Solidariedade, por ser a primeira sigla a declarar apoio a sua candidatura. "O Solidariedade nasce na oposição porque ele compreendeu que invés de ficar ao lado do governo e dos seus favores ele queria ficar ao lado dos trabalhadores brasileiros", afirmou.
Ao lado de Geraldo Alckmin, José Serra e Paulinho da Força, o candidato do PSDB voltou a defender uma mudança na esfera federal. "Eu quero convidar o Solidariedade para governarmos juntos o Brasil e implementarmos uma nova agenda para que possamos tirar o Brasil da estagnação, acabar com o processo de desindustrialização que desemprega brasileiros em todas as partes", afirmou.
Ele voltou a ressaltar a criticar as denúncias de corrupção que envolveram a administração da Petrobras. "Vamos, Paulinho, reconciliar o Brasil com a decência e com a honestidade que abandonaram o governo federal. Vamos reestatizar as empresas públicas, como a Petrobras, tirando das garras de um partido político que a ocupou em benefício próprio e do seu governo", afirmou no palanque.
Programa de governo
Nesta sexta-feira (20), Aécio Neves anunciou os nomes de parte dos coordenadores de seu programa de governo. Ex-presidente do Banco Central, o economista Arminio Fraga irá comandar a equipe que formulará as propostas para a área econômica do presidenciável tucano. O ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia coordenará a elaboração do programa de governo do PSDB.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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