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quinta-feira, junho 05, 2014

Parentes de jogadores temem violência dos protestos na Copa

Casada com o lateral Marcelo, Clarice Alves se preoucupa com a segurança nos jogosA onda de manifestações por todo o país, que deve vir com força na Copa do Mundo, tem preocupado até as principais estrelas dos
espetáculos. O risco de passar por protestos na ida aos jogos da seleção brasileira durante o Mundial tem tirado o sono de alguns familiares de atletas da seleção brasileira. Eles não contam com um esquema de segurança especial e temem atos violentos.

"Fico apreensiva porque vou aos jogos com o meu filho. Não vou deixar de ir, mas isso preocupa", disse Clarice Alves, mulher do lateral-esquerdo Marcelo. Ela planeja ir a todas as partidas.

Um integrante do estafe de um dos titulares de Luiz Felipe Scolari disse ao UOL Esporte, com a condição de não ser identificado, que gostaria que a CBF providenciasse uma escolta para parentes e amigos dos atletas.

O argumento é de que, durante a Copa das Confederações, vários jogadores foram para os jogos preocupados. Deixaram de se concentrar só nas partidas para mandar mensagens pelo celular para saber sobre a segurança dos parentes no caminho para o estádio. E que isso deve ocorrer de novo no Mundial.

Por sua vez, a CBF argumenta que o caso é de segurança pública e que a entidade nada pode fazer. A postura foi a mesma durante a Copa das Confederações, no auge dos protestos. Na ocasião, alguns atletas também sentiram falta de um esquema de segurança organizado pela confederação para seus parentes.

Uma das justificativas da confederação foi de que, se houvesse algum problema com um ônibus fretado pela entidade e protegido por segurança privada, ela poderia ser responsabilizada judicialmente.

O futebol e as brincadeiras em campo deixaram de ser os únicos assuntos entre os atletas.  A esposa de um convocados admitiu que a preocupação com o bem-estar das famílias é um tema recorrente nos bate-papos na concentração.

"Frequentemente os jogadores conversam entre si com receio da chegada e do deslocamento da família durante o Mundial. Como tinha acontecido na Copa das Confederações", disse.

Se os atletas se preocupam com os entes mais queridos, a recíproca também é verdadeira. A mãe do zagueiro David Luiz, por exemplo, não teme que as manifestações a prejudiquem. Ela até as incentiva por acreditar que só com assim os problemas da população podem ser escutados.

No entanto, ela tem a preocupação que os atletas sofram as consequências. "Eu acho as manifestações muito legítimas. Eu só espero que as pessoas não confundam as coisas e queiram prejudicar os jogadores".

Reprodução Cidade News Itaú via Uol

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