Um balanço divulgado pela Prefeitura de Natal revela que 100 casas foram interditadas por causa das chuvas que caíram na capital
potiguar nos últimos dias. A maioria dos imóveis fica no bairro de Mãe Luiza, na Zona Leste da cidade, onde uma cratera se abriu ocasionando um desmoronamento na rua Guanabara. De acordo com a prefeitura, 80 casas foram interditadas no bairro. Os demais imóveis interditados ficam na comunidade Jacó, no bairro das Rocas, também na Zona Leste, onde 13 residências foram afetadas. Fora os dois casos, sete casas foram interditadas em outras regiões da cidade.
Das famílias que precisaram deixar suas casas, a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social abrigou 13, das quais 10 estão no Centro de Referência de Assistência Social de Mãe Luíza e outras três na Escola Municipal Santos Reis. A Semtas acrescenta que está apoiando outas 60 famílias abrigadas em diversos locais da cidade. Até o momento a secretaria já contabilizou a doação de mais de 2 toneladas de alimentos, sem contar itens como material de limpeza, higiene, roupas e água.
Os deslizamentos de terra que começaram a atingir o bairro de Mãe Luíza no dia 13 de junho. O deslizamento foi originado em uma cratera aberta na rua Guanabara. A água das fortes chuvas que caíram sobre a capital potiguar fez a rua desmoronar, e arrastou terra, entulhos e pedras para a via que dá acesso à Via Costeira, na orla da praia de Areia Preta. O incidente arrastou veículos e o trânsito no local foi interrompido. Dois prédios que ficam vizinhos à área atingida precisaram ser evacuados.
A Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura informou que já foi iniciado o aterramento da cratera formada na rua Guanabara. Com isso, de acordo com a Semopi, cinco casas que estavam condenadas não serão mais demolidas. As casas que desabaram também serão refeitas, segundo a gestão municipal.
Ministro visita área de desastre
O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, visitou nesta sexta-feira (20) a área atingida pelo deslizamento de terra. Acompanhado de autoridades, Teixeira afirmou que a prioridade é prestar socorro às famílias atingidas pelo desastre.
“Nesse primeiro momento, a prioridade é prestar socorro e assistência as famílias, com o projeto concluído daremos início a segunda fase dos trabalhos, que inclui a estabilização do terreno e reconstrução da rede de drenagem e de esgotos. Por isso é importante a presença do prefeito, da governadora, do presidente da Câmara Federal e de todas as autoridades aqui, pois trabalharemos em conjunto”, disse.
MP apura responsabilidades
O Ministério Público estadual vai instaurar inquérito civil público para apurar eventuais responsabilidades pelo deslizamento de terra ocorrido em Mãe Luíza. O MP pretende ainda acompanhar as medidas que estão sendo adotadas para proteger os atingidos e remover eventuais riscos para a integridade física de outros grupos que estejam em situação similar de vulnerabilidade.
Também foi objeto de uma reunião dos promotores a existência de diversas ações judiciais e extrajudiciais do MPRN relacionadas a pontos de alagamento na capital, especialmente quanto à necessidade de melhoria de sistemas de drenagem e de manutenção preventiva das lagoas de captação de águas pluviométricas, já contando algumas dessas ações com sentenças judiciais aguardando cumprimento do poder público.
Os promotores de Justiça responsáveis pelas referidas ações farão um relatório que servirá de base para tratativas com a Prefeitura de Natal e o Governo do Estado em busca de soluções imediatas para os problemas.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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