Metade das espécies florestais do mundo está em risco por causa da agricultura e das mudanças climáticas, especialmente no Brasil, alertou a ONU nesta terça-feira (3), ao pedir "ação urgente" para
administrá-los melhor.
Em seu primeiro estudo global sobre recursos genéticos florestais, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) informou que as florestas estão encolhendo mais rapidamente no Brasil, na Indonésia e na Nigéria.
"As florestas fornecem alimento, bens e serviços que são essenciais para a sobrevivência e o bem estar de toda a humanidade", explicou, em um comunicado, o diretor de silvicultura da FAO, Eduardo Rojas-Briales.
"Todos estes benefícios dependem de salvaguardar o rico estoque da diversidade genética das florestas do mundo, que está em risco crescente", prosseguiu.
O relatório demonstrou que cerca da metade das 8.000 espécies e subespécies são consideradas em risco.
Os dez países que perderam mais cobertura florestal entre 1990 e 2010 foram Brasil, Indonésia, Nigéria, Tanzânia, Zimbábue, República Democrática do Congo, Birmânia, Bolívia, Venezuela e Austrália, destacou o documento.
Segundo a FAO, a biodiversidade impulsionou tanto a produtividade quanto o valor nutricional de produtos florestais, como vegetais folhosos, mel, frutas, sementes, nozes, raízes, tubérculos e cogumelos.
A diversidade genética também protege florestas de pestes e garante sua capacidade de "se adaptar a condições ambientais variáveis, inclusive aquelas causadas pelas mudanças climáticas", informou a FAO.
A FAO pediu mais esforços para incentivar a conscientização sobre a importância da biodiversidade e combater espécies invasivas, assim como o desenvolvimento de programas nacionais de sementes para garantir a disponibilidade de sementes arbóreas geneticamente apropriadas.
Reprodução Cidade News Itaú Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!