O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse nesta quarta-feira (18), em entrevista à JOVEM PAN, que a renúncia de Joaquim Barbosa da
relatoria da Ação Penal 470, o processo do mensalão, fragiliza a Corte. Para ele, a decisão mostra que é tênue a permanência de um integrante em um processo.
“Eu não posso imaginar que evidentemente ele se sentisse em uma disputa e pudesse ter esse receio. Eu creio que a motivação foi outra, ele está cansado e deixará o Tribunal”, avaliou Mello quando questionado sobre o medo que Barbosa sentiria de ser derrotado no Supremo.
O ministro explicou ainda o episódio em que o advogado de José Genoino, Luiz Fernando Pacheco, discutiu com Barbosa. De acordo com ele, o defensor “tem direito à tribuna” e, neste caso especificamente, o “advogado não tinha outro instrumental para defender o constituinte dele”.
“(...) O Tribunal ultimamente não vem admitindo, o que é um erro, o habeas corpus contra integrante do Tribunal. Se admitido o habeas corpus, já teria ido a um outro integrante e nós teríamos enfrentado a matéria evitando aquele episódio desagradável e desgastante”, analisou.
Reprodução Cidade News Itaú via Jovem Pan
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