A transferência do goleiro Bruno Fernandes para a Penitenciária Francisco Sá, na cidade de mesmo nome no Norte de Minas Gerais, foi publicada nesta terça-feira (10) no
Diário Oficial do estado. O município fica a cerca de 50 quilômetros de Montes Claros. Bruno está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde julho de 2010 pela morte de Eliza Samudio. Nesta terça-feira (10), a morte da jovem completa quatro anos, segundo o processo.
A Subsecretaria de Administração Prisional informou que Bruno deve ser transferido nos próximos 20 dias. Ele irá para a penintenciária de Francisco Sá porque o presídio de Montes Claros não pode ser usado para abrigas presos condenados.Ainda segundo o órgão, o goleiro vai cumprir pena em cela individual, de seis metros quadrados. A penitenciária de Francisco Sá tem capacidade para 300 detentos e, atualmente, abriga 323 presos. Todos recebem alimentação balanceada com acompanhamento de nutricionistas.
A transferência foi pedida pela defesa do goleiro durante a negociação de um contrato de cinco anos assinado pelo atleta no dia 28 de fevereiro com o Montes Claros FC, time de mesmo nome da cidade, no Norte de Minas. A equipe disputou o Módulo II do Campeonato Mineiro. O presidente do time, Ville Mocelin, disse que não foi comunicado oficialmente pelos advogados de Bruno sobre a transferência.
O objetivo do advogado de Bruno, Francisco Simim, é que cumprindo a pena perto do clube, ele possa conseguir a liberação para voltar aos gramados.
Em janeiro de 2014, o advogado do goleiro disse que a defesa tentava a transferência do goleiro para um presídio de Montes Claros. Na ocasião, o juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem não se opôs à mudança, mas o magistrado do Norte de Minas, Francisco Lacerda de Figueiredo, disse que o presídio não tinha condições de receber o detento, alegando superlotação da unidade. Esta negativa foi divulgada em março deste ano.
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver da ex-amante, além do sequestro do filho da jovem. Além de Bruno, outras cinco pessoas foram condenadas pela morte de Eliza.
O caso
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condendenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques – o Coxinha – por sequestro e cárcere privado do filho da ex-amante do goleiro. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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