Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o General José Carlos De Nardi confirmou nesta terça-feira a utilização de mísseis antiaéreos
para garantir as zonas de exclusão e proteção do Maracanã durante a disputa da Copa do Mundo. O tema gerou polêmica nos últimos dias, principalmente em razão da possibilidade de o equipamento ser instalado em prédios residenciais ou na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), todos próximos ao estádio.
No entanto, o general assegurou que a Marinha do Brasil ainda não definiu o ponto ideal para o equipamento. Embora um edifício de 15 andares e 90 apartamentos na Tijuca - próximo ao palco da final da competição - seja considerado uma base, as autoridades estudam mudanças e ainda não transportaram o material bélico para a região.
"Foram feitos reconhecimentos da área. O especialista ainda vai definir o local para instalação do equipamento antiaéreo. O aparato será utilizado, com certeza. A ideia inicial não é colocar em prédios residenciais, pois sabemos que precisamos de autorização em casos deste tipo", afirmou De Nardi.
O objetivo da bateria antiaérea é neutralizar voos de qualquer aeronave não autorizada na área de exclusão, que abrange um raio de cerca de sete quilômetros a partir do Maracanã. O procedimento será repetido nas outras cidades-sede.
A preocupação é tamanha que até o aeroporto Santos Dumont ficará fechado para pousos em jogos no Maracanã. As aeronaves serão deslocadas para o aeroporto internacional Tom Jobim. Em caso de decolagens, o piloto terá de posicionar o avião em direção contrária ao estádio assim que levantar voo.
A Marinha também fará patrulhamento através de fragatas e barcos de apoio. A ideia é auxiliar a segurança e fiscalizar demais embarcações. Instaladas em hoteis na orla do Rio de Janeiro, as delegações de Holanda e Inglaterra convivem desde a chegada na cidade com a proteção dos navios de guerra.
Ministério da Justiça, Forças Armadas e Fifa divulgaram nesta terça-feira o esquema de segurança para a realização da Copa do Mundo no Brasil. Em uma apresentação no Forte de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, foi anunciado que o trabalho para garantir o bem-estar da população conta com 80 mil homens - sendo 20 mil profissionais particulares - e 12 "tropas de elite" do exército nas cidades-sede para casos de emergência. O investimento é superior a R$ 1 bilhão.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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