No briefing da manhã deste sábado promovido pela Fifa no auditório do Maracanã, a chefe do departamento de comunicação da entidade, Delia Fischer, fez um comunicado para reforçar que não há, até o momento, qualquer tipo de
ameaça de manipulação detectada para o jogo entre Brasil e Camarões, no Mané Garrincha, em Brasília, na próxima segunda-feira. No dia anterior, o tema do briefing foi a manipulação de resultados e, questionado sobre a partida, o diretor de segurança da Fifa, Ralf Mutschke, afirmou que os últimos jogos da primeira fase estão mais sujeitos a manipulação do que partidas de maior apelo como o jogo de abertura ou a final da Copa do Mundo.
Fischer frisou que o diretor de segurança falou em termos gerais a respeito da ameaça aos jogos finais da primeira fase, quando algumas das seleções já estão eliminadas ou classificadas, o que poderia facilitar uma abordagem para manipulação. Durante o briefing de sexta-feira, Mutschke também afirmou que até o momento nenhum dos jogos da Copa do Mundo tem registro de possibilidade de manipulação. Ele explicou que a entidade acompanha o mercado de apostas, apura informação de fontes e monitora todos os 64 jogos do Mundial.
- Como mencionei sobre os critérios (de investigação), esse jogo tem um risco maior do que a final ou o jogo de abertura, com certeza - disse Mutschke na sexta-feira, respondendo a uma pergunta sobre o próximo jogo do Brasil.
O diretor também foi questionado sobre os problemas com a seleção de Camarões, que chegou a acenar com uma greve, por conta de divergências em valores de premiação. Mutschke explicou que atletas que não recebem como deveriam são mais vulneráveis a abordagens para manipulação, mas reiterou que não havia qualquer ameaça registrada para esta partida ou qualquer outra da Copa.
- Estamos cientes que a remuneração dos jogadores é um tema importante. Olhando esses países, para o Leste Europeu e outros centros menos ricos, os jogadores podem estar mais sujeitos a manipulação se não tiverem uma boa remuneração. Os jogadores não são só artistas no futebol, são vítimas também.
Mutschke também disse que, entre 15 de maio e 11 de junho, véspera da abertura da Copa, 89 partidas foram investigadas e nenhuma manipulação foi encontrada, referindo-se prioritariamente aos amistosos de seleções. Esse trabalho se deu por conta da descoberta de manipulação de amistosos que antecederam a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O diretor da Fifa ainda explicou que não são apenas os resultados que podem ser alvos de manipulação, mas que as apostas abrangem outros fatores como quem terá a primeira cobrança de lateral do jogo ou o pontapé inicial.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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