Há dez anos atrás não se guardava ou compartilhava com tanta frequência no celular como nos dias atuais e o computador era o aparelho que centralizava fotos,
vídeos, e-mails e até dados bancários. Por isso, a quantidade de ameaças (e a proteção de antivírus contra elas) foi sempre muito maior nos PCs mas, em 2004, foi descoberto o primeiro vírus para celular do mundo, o Cabir.
Visto pela primeira vez nas Filipinas, o Cabir foi criado para infectar aparelhos que utilizavam o sistema operacional Symbian, bastante utilizado nos primeiros anos da década de 00 nos pioneiros smartphones.
O vírus era disseminado por Bluetooth e descarregava os celulares infectados que, ao serem ligados, exibiam a palavra "Caribe" no visor.
Na época, o objetivo era mostrar que os celulares eram vulneráveis às ameaças externas tal como os computadores. A autoria da ação ficou por conta de um grupo de hackers chamados 29A, que não assumiram oficialmente. Em 2007, a polícia da Espanha afirmou ter preso o autor do vírus mas não revelou sua identidade. O objetivo do grupo era desenvolver um "vírus-conceito", ou seja, mostrar que era possível criar uma praga para celulares.
O pesquisador-chefe Alex Gostev, da Kaspersky Lab, especializada em antivírus, foi indagado alguns meses antes do surgimento do Cabir sobre quando as pragas passariam a existir em smartphones. Gostev afirmou que no máximo em um ano os vírus também seriam uma realidade para os celulares. E acertou.
Para se proteger, o usuário tinha que desativar o Bluetooth, porque a única forma que o vírus se reproduzia era através deste tipo de transmissão.
Atualmente, todo aparelho de celular com acesso à internet pode ter um vírus e não há diferença na segurança dos diferentes sistemas operacionais. A principio, o risco vem do usuário: o smartphone só será infectado se você baixar algum programa ou aplicativo suspeito.
Os principais inimigos aparecem em forma de aplicativos ou softwares gratuitos em versões alteradas que contenham um malware que propaga spam, compra produtos e serviços através da sua identidade. Este tipos de aplicativos disfarçados são raros nas principais lojas como a App Store e o Google Play.
Reprodução Cidade News Itaú via O Globo
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