Isaiah Austin, de 2,16m, era tido como uma das futuras estrelas da NBA depois de brilhar por anos na universidade de Baylor. No entanto,
o pivô sequer irá conseguir jogar em nível profissional. Aos 20 anos, Austin não poderá mais fazer nenhuma cesta.
Durante um teste feito com os jogadores que estão elegíveis para o Draft da NBA, que acontece no dia 26 de junho, os exames detectaram uma anormalidade em Austin. Depois de testes genéticos, descobriram que o jovem tem Síndrome de Marfan, uma doença no tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos.
Indivíduos com esta doença apresentam frequentemente anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular.
"Eles me disseram que eu não poderia mais jogar basquete em nível competitivo. Eles acharam o gene no meu exame de sangue. Me disseram que as artérias do meu coração estão alargadas e que se eu fizesse atividades físicas em excesso meu coração poderia se romper. O Draft é daqui quatro dias, e eu tinha o sonho de ouvir meu nome ser chamado", disse Austin, à ESPN ds EUA.
Quando era adolescente, Austin levou uma bolada de beisebol na cara, na região do olho direito. O acidente prejudicou sua retina e ele teve que ir para a mesa de cirurgia quatro vezes. A cada nova operação, a vista melhorava para piorar logo na sequência.
Austin voltou a jogar, treinar, quando era adolescente mesmo assim. No entanto o jovem de 2,01m à época havia perdido a noção de profundidade como consequência. Logo, era capaz de acertar arremessos e errar outros por uma longa distância.
Mesmo assim, Isaiah Austin seguiu treinando, já que ninguém poderia arrumar um jeito de lidar com isso por ele. O pivô não fez disso a desculpa de sua vida, mas sim sua história. E manteve tudo isso em segredo com medo da reação dos olheiros caso contasse a verdade.
Até que um dia isso ficou inevitável já nos tempos de faculdade e o seu técnico em Baylor percebeu a deficiência. Austin contou do seu problema apenas para jogadores e treinadores, mas tornou tudo público em janeiro deste ano.
Em dois anos de NCAA, Isaiah Austin tem médias de 12 pontos, 7 rebotes, 2,4 tocos e aproveitamento de 45% de chutes de quadra e 66% nos lances livres. Nada mal para quem tem visão parcial.
Reprodução Cidade News Itaú via SPAN
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