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segunda-feira, junho 23, 2014

Com doença rara e cego de um olho, promessa do basquete dos EUA é obrigada a se aposentar

Cego de um olho, Isaiah Austin deu exemplo de superaçãoIsaiah Austin, de 2,16m, era tido como uma das futuras estrelas da NBA depois de brilhar por anos na universidade de Baylor. No entanto,
o pivô sequer irá conseguir jogar em nível profissional. Aos 20 anos, Austin não poderá mais fazer nenhuma cesta.

Durante um teste feito com os jogadores que estão elegíveis para o Draft da NBA, que acontece no dia 26 de junho, os exames detectaram uma anormalidade em Austin. Depois de testes genéticos, descobriram que o jovem tem Síndrome de Marfan, uma doença no tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos.

Indivíduos com esta doença apresentam frequentemente anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular.

"Eles me disseram que eu não poderia mais jogar basquete em nível competitivo. Eles acharam o gene no meu exame de sangue. Me disseram que as artérias do meu coração estão alargadas e que se eu fizesse atividades físicas em excesso meu coração poderia se romper. O Draft é daqui quatro dias, e eu tinha o sonho de ouvir meu nome ser chamado", disse Austin, à ESPN ds EUA.

Quando era adolescente, Austin levou uma bolada de beisebol na cara, na região do olho direito. O acidente prejudicou sua retina e ele teve que ir para a mesa de cirurgia quatro vezes. A cada nova operação, a vista melhorava para piorar logo na sequência.

Austin voltou a jogar, treinar, quando era adolescente mesmo assim. No entanto o jovem de 2,01m à época havia perdido a noção de profundidade como consequência. Logo, era capaz de acertar arremessos e errar outros por uma longa distância.

Mesmo assim, Isaiah Austin seguiu treinando, já que ninguém poderia arrumar um jeito de lidar com isso por ele. O pivô não fez disso a desculpa de sua vida, mas sim sua história. E manteve tudo isso em segredo com medo da reação dos olheiros caso contasse a verdade.

Até que um dia isso ficou inevitável já nos tempos de faculdade e o seu técnico em Baylor percebeu a deficiência. Austin contou do seu problema apenas para jogadores e treinadores, mas tornou tudo público em janeiro deste ano.

Em dois anos de NCAA, Isaiah Austin tem médias de 12 pontos, 7 rebotes, 2,4 tocos e aproveitamento de 45% de chutes de quadra e 66% nos lances livres. Nada mal para quem tem visão parcial.

Reprodução Cidade News Itaú via SPAN

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