Terra volta a tremer na região de Sobral no Nordeste do Ceará

O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte informa que foram registrados dois tremores de terra no Nordeste do Ceará,

precisamente na região do município de Sobral, que atingiu magnitude de 2.4 na escala Richter.

O primeiro tremor aconteceu no dia 30 de abril, às 18h32. O segundo aconteceu no dia 3 de maio, sábado passado, às 1h08.

Eis a nota do Laboratório de Sismologia da UFRN

Recentemente foram registrados dois novos tremores no nordeste do Ceará. O primeiro evento ocorreu no dia 30/04 às 21:32 UTC (18:32  hora local), e atingiu magnitude 2.4. O segundo evento, um micro-tremor, ocorreu no dia 03/05 às 01:08 UTC (22:08, hora local, do dia 02/05). O primeiro evento foi bem registrado pelas estações de Sobral (SBBR), Morrinhos (NBMO) e Paramoti (PABR) e, segundo informações levantadas por Francisco das Chagas Brandão, da Defesa Civil do Ceará, no município de Senador Sá entre outros por Antonio Gleucimar de Sousa - Secretário de Agricultura e Lázaro Rodrigues de Vasconcelos - Coord. da COMDEC.

    O mapa de localização epicentral encontra-se na Figura 1.

Figura 1. Mapa de localização epicentral. O epicentro do primeiro evento está simbolizado pela estrela vermelha. O epicentro do segundo evento está simbolizado pela estrela verde. Em destaque os limites do município de Senador Sá.

 O registro do evento do dia 30/04 pela estação NBMO encontra-se na Figura 2.

Figura 2. Registro do evento do dia 30/04 na estação NBMO.

    O noroeste do Ceará é uma das áreas sísmicas mais ativas do Nordeste do Brasil só perdendo para a borda da Bacia Potiguar (Rio Grande do Norte e leste do Ceará) tendo já ocorrido vários tremores de magnitude acima de 4.0 nessa área como o de Irauçuba, em 1991, de magnitude 4.8.

    Em particular, próximo aos epicentros ora detectados, ocorreu a  atividade sísmica dentro do reservatório do Açude Tucunduba (ver localização na Figura 1) em 1997. Em 09 de junho de 1997 ocorreu um tremor de magnitude 3.2 e o LabSis implantou então uma rede sismográfica para estudar a sismicidade. Os resultados obtidos encontram-se em França et al., 2004.

Fonte: LabSis/UFRN; RSISNE; INCT-ET, USGS

Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes, Regina Spinelli, Suélio Carolino