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segunda-feira, maio 05, 2014

Suspeito de furtar leão comprova posse do animal, diz delegado do PR

Leão sequestrado em São Paulo foi encontrado em Maringá (Foto: RPC TV Maringá/Reprodução)O homem suspeito de furtar o leão Rawel, Ary Borges, se apresentou à Polícia Civil por volta das 10h30 desta segunda-feira (5), em Maringá, no norte do Paraná.
Segundo o delegado Leandro Roque, Ary apresentou documentos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e comprovou a posse do animal. Ele prestou depoimento por uma hora e foi liberado em seguida.
"Eu tenho um documento que sou fiel depositário do leão e tenho a responsabilidade com a sociedade e com os órgãos competentes por fiscalizar isso.Se a pessoa some com o leão, eu estaria em situação complicada. Então, fui lá e busquei o leão", relatou Ary.
O advogado dele, Vanderlucio Baum, classifica o caso como um resgate e não como um furto. "O proprietário em São Paulo estava resistindo e demorando a conseguir a licença de transporte do Ibama. Tentamos falar com ele por diversas vezes, mas ele não queria devolver o leão. Como o animal não estava bem, optamos por retirá-lo de lá antes que ele ficasse ainda mais fraco ou viesse a morrer", detalha Baum.
"Nós não podemos admitir que um animal corra o risco de morrer por conta da morosidade de um órgão público expedir uma licença de transporte. Ou fazíamos isso, ou o leão morreria lá", acrescenta o advogado.
Já o delegado Carlos Arnaldo Nicodemos Andrade, que investiga o caso no interior de São Paulo, informou que está ouvindo algumas testemunhas enquanto aguarda a documentação do Paraná. Ele também disse que tem documentos que comprovam que Ary doou o felino em 2009 ao centro de reabilitação de São Paulo.
“Vamos analisar o depoimento e os documentos apresentados junto com os outros depoimentos e documentações recebidas aqui para dar sequência ao inquérito”, diz. O prazo para finalizar o inquérito é de 30 dias após o registro do furto, com possiblidade de prorrogação caso exista necessidade.
O dono do criadouro onde o leão estava no interior de São Paulo, Oswaldo Garcia Junior, foi procurado pelo G1 por telefone, mas até a publicação ele não tinha atendido as ligações.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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