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sexta-feira, maio 16, 2014

Polícia envia à Interpol mandado de prisão contra empresário amapaense

Luciano Marba era sócio da vítima na empresa LMS segurança (Foto: Dyepeson Martins/G1)A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou que a Polícia Civil enviou para a Polícia Federal (PF) e Internacional (Interpol) o pedido de prisão do empresário Luciano Marba, acusado
de corrupção pelo Ministério Público (MP) do Amapá. O mandado foi expedido nesta quinta-feira (15), pela 4ª Vara Criminal de Macapá. Marba estaria em viagem para a Europa, segundo o MP. A defesa do acusado diz que ele deverá se entregar quando chegar ao Brasil.
“O mandado está no sistema da Interpol e o empresário deve ser preso no próximo aeroporto que tentar embarcar por se encontrar na condição de foragido”, reafirmou o secretário da Sejusp, Nixon Kennedy.

Quantias em dinheiro fraudavam licitações, segundo MP (Foto: Reprodução/TV Globo)Quantias em dinheiro fraudavam licitações,
segundo MP (Foto: Reprodução/TV Globo)
O MP diz que Luciano Marba pagou R$ 15 mil para um assessor jurídico da Secretaria de Estado da Educação (Seed) com finalidade de alterar cláusulas de um edital que seria lançado para contratar uma empresa de vigilância para cuidar da segurança dos alunos da rede pública. As mudanças seriam para favorecer a empresa LMS, de propriedade de Marba, segundo o Ministério Público.
As imagens são de fevereiro de 2012 e foram publicadas em reportagem do Fanstástico, no domingo (11).
O Ministério Público reforçou que o empresário encontra-se foragido. Essa é segunda vez que Luciano Marba tem mandado de prisão decretado. A primeira aconteceu em outubro de 2013, quando o MP realizou uma operação de busca e apreensão na casa do empresário e recolheu diversas mídias.

Promotor de Justiça Afonso Guimarães concedeu coletiva sobre as investigações (Foto: Abinoan Santiago/G1)Promotor de Justiça do MP do Amapá Afonso
Guimarães (Foto: Abinoan Santiago/G1)
“Ele estando solto poderia voltar a praticar crimes porque tem uma licitação de vigilância em curso na secretaria de Educação”, comentou o promotor de Justiça Afonso Guimarães.
O advogado do empresário, Maurício Pereira, discordou da condição de foragido do cliente porque Luciano Marba viajou antes de a prisão ser decretada. Pereira disse que orientou o empresário a terminar os compromissos na viagem para depois se entregar.
“O Marba não sabia que o mandado de prisão iria ser decretado contra ele, que, inclusive, tem passaporte autorizado pela Polícia Federal. Mas tão logo chegue ao território nacional, ele vai se entregar”, disse Maurício Pereira, acrescentando que o esquema era comandado pela primeira-dama do Amapá Cláudia Camargo Capiberibe. O governo repudiou as suspeitas.

Sócio minoritário da LMS foi preso na manhã desta quinta-feira em Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)Sócio minoritário da LMS foi preso na
manhã desta quinta-feira, em Macapá
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
O pagamento da propina, conforme relato do advogado, era para conseguir receber as faturas em débito com o governo do Amapá.
Além do empresário, a Justiça também decretou a prisão de Admar Barbosa da Silva, sócio da LMS. Ele foi detido na manhã desta quinta-feira, em Macapá.
Os dois são acusados de corrupção ativa e passiva, extorsão, afastar interessados à licitação e formação de quadrilha, segundo o Ministério Público. A denúncia foi ofertada na sexta-feira (9).
A defesa de Marba informou que entrou com pedido de habeas corpus em favor dos denunciados pelo Ministério Público.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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