O Peru impôs embargo temporário, de 180 dias, à carne bovina procedente do Brasil por causa da suspeita de um caso atípico de "vaca louca" em Mato Grosso,
informou nesta sexta-feira (8) o Ministério da Agricultura.
O Peru, um importador de volumes insignificantes de carne bovina brasileira, é o primeiro país a anunciar restrição ao produto do Brasil, o maior exportador global, após o registro de suspeita de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB ou BSE, na sigla em inglês), doença conhecida como 'Mal da Vaca Louca', em uma unidade da JBS.
Segundo o ministério, as compras do país representam cerca de apenas 0,1% das exportações brasileiras de carne, e constituem-se basicamente de miúdos.
Mais cedo, o presidente da Minerva Foods, Fernando Galletti, havia informado que o Peru adotou "alguma restrição temporária" sobre a carne bovina do Brasil, destaca a Reuters.
O ministério informou que enviará uma equipe para o Peru na próxima semana para tentar reverter o caso e para explicar as condições sanitárias do país para a EEB, cujo risco seria insignificante, segundo o governo.
Suspeita foi registrada em unidade de dona da Friboi
O Ministério da Agricultura sustenta que o caso de suspeita de 'vaca louca" registrado em Mato Grosso em um animal da produtora global de carnes JBS, dona da marca Friboi, é "isolado e não representa risco algum para a sanidade animal e à saúde pública".
Segundo o governo, as evidências epidemiológicas apontam para um caso atípico de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) que ocorre de forma esporádica e espontânea, não relacionada à ingestão de alimentos contaminados.
O ministério aguarda para esta semana o resultado do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ratificando o resultado de avaliações realizadas no Brasil. O resultado deste exame é considerado fundamental para evitar temores da comunidade internacional sobre a qualidade da carne brasileira.
No caso atípico da EEB, que ocorre de forma esporádica e espontânea, principalmente em animais mais velhos, não há relação com a ingestão pelos animais de ração contaminada. A vaca morta em Mato Grosso tinha 12 anos -nasceu e foi criada na mesma fazenda, em sistema extensivo de produção a pasto e sal mineral, segundo o ministério.
No caso clássico, a doença é transmitida por ração contaminada com o príon, por ter sido elaborada com produtos obtidos de animais infectados.
As autoridades informaram que, de qualquer forma, a carne e outros produtos do animal de Mato Grosso não ingressaram na cadeia alimentar, e o material de risco específico foi incinerado.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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