Mesmo sabendo que vai passar o Dia das Mães na enfermaria da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), em Natal, Maria Dulcinéia da Silva tem certeza que passará o
próximo domingo (11) feliz. Mãe de trigêmeas, a anã de 1,20 metro de altura já está na companhia de duas das três filhas, que deixaram recentemente a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da MEJC. As crianças estavam internadas pois nasceram prematuras. "Não tem presente melhor do que estar ao lado das minhas filhas", afirma.
As filhas Maria Eduarda, Maria Helena e Maria Heloísa nasceram em abril com 29 semanas e cinco dias. Eduarda e Helena já estão aos cuidados da mãe na enfermaria da maternidade, mas Heloísa continua na UTI. "A previsão é que ela saia em 13 dias pois ainda precisa de medicação", diz Dulcinéia.
A anã está há sete meses na Maternidade Januário Cicco, onde chegou quando ainda estava grávida. "É a vida. Às vezes choro por ainda estar aqui, mas o importante é que as meninas tenham saúde. Quero ir embora logo com as crianças", conta a mãe.
Quando sair da maternidade, Dulcinéia vai morar com as trigêmeas no bairro Planalto, na zona Oeste de Natal. "Seremos só eu e elas", afirma. A anã vive sozinha e não tem contato com os pais biológicos nem com o casal que a adotou. A gravidez não foi planejada e o pai das crianças a abandonou quando soube da gravidez.
Gravidez de risco
A gestação trigemelar é rara entre anãs, ainda mais quando a mulher engravida de forma natural. Além do fato de Maria Dulcineia esperar trigêmeos, seu nanismo e a idade considerada avançada para ser mãe tornaram a gestação ainda mais arriscada. A ginecologista Patrícia Fonseca explicou na época que a gravidez da paciente era de alto risco porque não havia espaço no ventre dela para os bebês poderem crescer.
Para a anã, foi uma surpresa descobrir que estava gestante de três meninas. "Pensei que o médico estava brincando comigo", conta.
A médica Patrícia Fonseca explicou que Dulcinéia estava com desconforto respiratório e os bebês deixaram de adquirir peso, por isso o parto foi feito antes do tempo. "Por causa do volume do útero houve diminuição da capacidade de expansão pulmonar materna, que significa que a mãe estava com dificuldades para respirar. Além disso, os bebês deixaram de adquirir peso e foi necessária a intervenção", disse.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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