Com uma rara doença de pele, uma jovem de 18 anos de São José, na Grande Florianópolis, tem a esperança de passar por um tratamento experimental nos
Estados Unidos. No sábado (3), a família dela vai participar de uma campanha que tem o objetivo de encontrar um doador de medula que seja compatível com a garota. O transplante é feito em Minessota e o custo entre tratamento e viagem deve chegar a R$ 3 milhões (veja vídeo abaixo).
"O que a gente via, era uma criança com lesões igual a queimaduras e não tínhamos o que fazer, além do óleo que passava e o cuidado que a gente foi aprendendo, com o tempo, a ter com ela", conta a mãe Aldaíra Aparecida Martins.
Para a garota, caminhar é difícil. Mas ficar muito tempo sentada ou deitada também pode prejudicar. São limitações com as quais Vitória aprendeu a conviver. "Sinto dor o tempo todo, mas é que não sei viver sem a dor, então, para mim, é normal. Eu não olho muito para o que não posso fazer, mas sim o que eu posso fazer. Tento não reclamar, porque tem momentos difíceis e tem momentos bons também", declara a menina.
"Apesar de tudo, Deus me ajuda a ver o lado bom da vida: que apesar de eu ter esse problema, de sofrer, eu consigo rir, eu converso. Meus irmãos me ajudam a ver o lado bom. Eles sempre me animam. Minha família também sempre me dá força para continuar", acrescenta.
Tratamento com curativos especiais
O sofrimento é amenizado com o uso de curativos especiais cuja unidade custa R$ 600. O governo do estado fornece o material, que é importado. Conforme a mãe da jovem, foi necessário que a família entrasse com um processo na Justiça para começar a receber os curativos. O governo garante que fornece o número estabelecido na ação judicial.
De acordo com a Associação Catarinense dos Portadores de Epidermólise Bolhosa, a quantidade do material fornecido nem sempre é suficiente. A entidade tem 17 famílias cadastradas e a Secretaria de Saúde de Santa Catarina afirma que há curativos no estoque.
A família tem muita esperança e acredita no tratamento nos Estados Unidos. "A Vitória é uma menina que tem fé, esperança e coragem. Claro que teve momentos que ela chegou até a falar que talvez seria melhor que... mas foram momentos. A fé sempre foi maior e a esperança também", emociona-se a mãe.
Doação de medula
De acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), para ser doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 54 anos e se cadastrar como voluntário em qualquer hemocentro ou banco de sangue do país. O cadastro é feito após a retirada de uma amostra de sangue do doador.
A amostra fará parte do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). Se o doador for compatível com Indrid Vitória ou outros pacientes cadastrados para receber uma doação de medula, será acionado pelo hemocentro para decidir quanto à doação. Saiba mais sobre a doação de medula no site do INCA.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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