Os familiares de Henrique Maurício de Souza Lira, de 20 anos, estão revoltados e denunciam que a Polícia Civil cometeu um erro,
invadiu a casa errada e atirou seis vezes contra o jovem, ao confundi-lo com criminoso. A ação aconteceu na madrugada deste sábado (3), durante a Operação Pitágoras, que prendeu um suspeito da morte de um professor de matemática.
De acordo com Veridiano Pontes, por volta das 3h30, os policiais teriam invadido a casa de Henrique e, ao ouvir o barulho em seu quintal e cachorros latino, Henrique saiu para ver o que estava acontecendo. Foi nesse momento que policiais teriam atirado várias vezes e seis disparos atingiram Henrique.
No momento da ação, estavam na casa, além de Henrique, a esposa dele, das três irmãs, da mãe e do padrasto. A casa deles fica na rua Apucarana, no bairro Potengi, na zona Norte de Natal. Os familiares informaram ainda que, após Henrique ser baleado, a mãe dele tentou pedir socorro, mas uma mulher que se intitulou delegada teria tomado o celular dela.
Em seguida, os policiais teriam algemado o padrasto da vítima. “Isso tudo aconteceu com meu filho baleado e sangrando, implorando para ser socorrido e dizendo que não sabia porque aquilo estava acontecendo, já que ele é um trabalhador e nunca se envolveu com nada de errado”, disse o pai Veridiano.
Henrique Maurício trabalha em uma lanchonete no colégio Nossa Senhora das Neves. Ainda de acordo com os familiares da vítima, a polícia teria ido até a rua Apucarana prender dois jovens, sendo um deles suspeito de assassinar o professor de matemática Luiz Carlos da Cruz, crime ocorrido na cidade de São Gonçalo do Amarante. No entanto, acabaram confundido a casa e invadiram a residência de Henrique.
Após a confusão, a Polícia Civil teria ido até a residência vizinha e então prendido Danilo de Lima Oliveira, de 18 anos, pela morte do professor e Diego Henrique da Silva, de 19 anos, por porte ilegal de arma de fogo.
O jovem Henrique Maurício foi socorrido e levado para o Hospital Santa Catarina, onde está internado em observação. Os familiares dele já registraram Boletim de Ocorrência e agora pedem que o caso seja investigado e os responsáveis punidos.
Reprodução Cidade News Itaú via Portal BO
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