O governo dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira (19) que dará as boas-vindas ao anúncio da Rússia, que ordenou a retirada de suas tropas desdobradas na
fronteira com a Ucrânia, só se vir "provas claras e firmes" de que de fato a ação está sendo realizada.
"Se a Rússia retirar suas tropas de forma transparente e significativa, daremos as boas-vindas, mas por enquanto não vimos nenhum movimento", disse um alto funcionário americano, que pediu anonimato, em entrevista telefônica.
"Queremos ver provas claras e firmes desse movimento (de tropas) antes de julgá-lo", acrescentou.
O funcionário lembrou que a Rússia fez "anúncios similares no passado, concretamente no final de março, que não foram cumpridos".
Em Bruxelas, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou não ter nenhuma prova de que a Rússia tenha começado a retirar as tropas da fronteira com a Ucrânia.
"Lamentavelmente não temos nenhuma prova de que a Rússia tenha começado a retirar suas tropas", declarou Rasmussen.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte calcula que 40.000 soldados russos estão na região.
"Esta é a terceira declaração de Putin, mas ainda não vimos nenhuma retirada", completou Rasmussen. "Lamento, já que seria um sinal de distensão. Se um dia observamos provas de uma retirada, serei o primeiro a celebrar", afirmou.
Hoje, o Kremlin chamou Kiev para pôr fim imediatamente à "operação de castigo" no sudeste do país e retirar as tropas dessa região, ao mesmo tempo que ordenou o retorno a seus quartéis de suas próprias forças desdobradas na fronteira com a Ucrânia.
Segundo o Kremlin, esta decisão foi adotada devido ao "termo da fase de instrução das tropas".
A presença de tropas russas na fronteira com a Ucrânia foi um dos fatores que EUA e a União Europeia (UE) apontaram para acusar Moscou de "desestabilizar" seu vizinho.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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