A
situação do atacante Leandro Damião no Santos fica cada vez mais complicada.
Além de encarar um jejum de seis jogos sem marcar um gol e ser vaiado pelos
torcedores do clube, o camisa 9 sofre com uma pubeíte, processo inflamatório na
região do púbis. Por conta disso, ele não jogará mais pela equipe santista até
a Copa do Mundo e ainda corre o risco de ficar longe dos gramados por até dois
meses.
Nesta
quarta-feira, o médico do Santos, Rodrigo Zogaib, concedeu entrevista coletiva,
no CT Rei Pelé, para explicar a situação de Leandro Damião. Zogaib acha difícil
estipular o período correto que o atleta ficará em tratamento, mas explicou que
o processo inicial será de 30 dias, mas pode ser estendido para 60 dias.
"Ele
(Damião) tem um quadro de pubeíte, um processo inflamatório na região do púbis
causado por um desequilíbrio muscular entre a coxa e o músculo abdominal. É
algo cada vez mais recorrente entre os jogadores de futebol, todos os grandes
clubes do Brasil e de fora tem um número de pubalgia ou pubeíte anual. Aqui
temos uma média de três a quatro atletas no ano", disse o médico.
"Não
posso dar um número exato de dias, medicina não é matemática, envolve uma série
de coisas, vamos monitorá-lo e ver a melhora clinica e radiológica (exames).
Temos duas forma de lidar com o tratamento: 30 ou 60 dias. Em 30 dias já tenho
uma programação, ele para por 25 dias os treinos lá dentro e os últimos cinco
no tratamento com gestos esportivos, até, talvez, com bola. Dependendo do
quadro dele, se não podemos usar até o período da Copa do Mundo. Já conversei
com o atleta e ele se colocou à disposição", disse.
O
médico santista explicou que o problema foi detectado durante os exames médicos
que definiram a contratação de Damião em janeiro.
"Tinha
e foi detectado, mas não (o clube não repensou a contratação). O Santos se não
for o clube que mais examina os atletas deve empatar com o que mais faz isso.
Somos muito minuciosos clinicamente e com os exames complementares. Isso
começou no meio do ano passado, quando sentiu a lesão na coxa que o tirou da
Copa das Confederações. Ele parou, então, os exercícios na coxa, depois
precisou ganhar musculatura local e isso gera um desequilíbrio. Ele tinha
problema como vários atletas que chegam, nenhum vem sem nada", explicou.
O
departamento médico do Santos, inclusive, não descarta que Leandro Damião tenha
que ser submetido a uma cirurgia no futuro.
"É
um tratamento conservador, adequado, um reequilíbrio feito, mas na falha disso
pode entrar o cirúrgico. Claro que não vamos trabalhar pensando nisso, mas caso
venha a ocorrer usaremos o período do final do ano. Demoraria de dois a três
meses", disse.
Leandro
Damião foi contratado do Internacional e custou cerca de R$ 42 milhões. A
diretoria santista contou com a parceria da Doyen Sports, grupo de investidores
maltês, para contratá-lo. O atleta ainda não justificou o alto investimento.
Damião não marca um gol há seis jogos. A última vez que ele balançou as redes
ocorreu na semifinal do Campeonato Paulista, na vitória santista por 3 a 2
diante do Penapolense, na Vila Belmiro.
Reprodução
Cidade News Itaú via Uol
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