O desgaste do gramado do Maracanã é visível a 17 dias do início da Copa-2014. Mas há um plano da administração em curso para recuperação do campo até a
estreia no Mundial, o primeiro jogo da arena ocorre daqui a 19 dias. Essa reciclagem da grama é uma das responsáveis pelas marcas vistas no gramado nos últimos dias.
Em dez meses desde sua reabertura, foram realizados 90 jogos no Maracanã, pelas contas da concessionária do estádio. São nove partidas por mês, muito acima do que é visto em estádios europeus, ou em outras arenas nacionais. Isso ainda levando-se em conta que houve um mês de paralisação durante as férias.
A consequência é inevitável: “cansaço'' do campo. Tanto que houve preocupação da administração com o excesso de partidas durante esses seis meses antes do Mundial. Uma das soluções para o desgaste foi a implantação de uma grama de inverno europeia – medida já prevista anteriormente – que está ocorrendo agora. Esse tipo não podia ser introduzido anteriormente porque só sobrevive bem no tempo frio, e pereceria no verão.
Por isso, foi agora em maio que começou sua implantação. A instalação das novas mudas provocaram a imagem atual do gramado do estádio que não parece pronto para jogos, com buracos e marcas. Já era perceptível o problema na partida entre Fluminense e São Paulo.
Não é uma troca de grama. As mudas novas europeias são implantadas juntamente com as anteriores, que foram utilizadas no verão, para dar um reforço. A ideia é que isso seja feito todos os anos, mas só pode acontecer em maio. Além das novas mudas, o campo também passa por novo corte: será mais baixo do que o habitual para atingir o padrão Fifa em torno de 2mm.
Como exemplo, o gramado do Itaquerão é do tipo europeu. Mas, para que não seja queimado, é necessário um sistema de resfriamento constante durante todo o ano. Para isso, é utilizada água para diminuir em até sete graus a temperatura do campo. O Maracanã não conta com essa estrutura. No Nordeste, onde há calor o ano inteiro, também há mais dificuldade para a implantação da grama europeia.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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