A polícia prendeu, na madrugada de ontem, os quatro jovens e apreendeu um adolescente acusados de assaltar uma padaria e matar o policial civil Ilfran André Tavares de Araújo, 51 anos, na
noite do último domingo, dia 27.
Os cinco acusados confessaram a participação no crime, mas ainda há dúvidas em relação ao autor dos disparos que atingiram o policial. Os bandidos não tinham passagem pela polícia, no entanto, há suspeitas de que eles cometeram outros crimes. Formada por jovens de classe média, a quadrilha roubava com uma única intenção: ostentar riqueza.
Os detalhes da ação policial que elucidou o crime foram apresentados na manhã de ontem, durante entrevista coletiva na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol). A comissão criada para apurar o caso explicou que informações de amigos, familiares, testemunhas e vizinhos da padaria facilitaram a prisão do bando. O Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP) também foi acionado.
A cúpula da Degepol informou ainda que, além dos delegados Herlânio Cruz, Frank Albuquerque e Rossana Pinheiro (integrantes da comissão), outros delegados, agentes de diversas delegacias e policiais militares contribuíram para a elucidação do caso. “Fomos tomados pelo sentimento de solidariedade. Eu mesmo fui ao local do crime e acompanhei os primeiros passos. A investigação desse caso foi mais rápida porque nos empenhamos e fomos solidários”, revelou o titular da Degepol, Adson Kepler.
Os presos foram identificados como sendo Marcelo Pegado Correia, 18 anos, Gláucio Herculano Fonseca, 19 anos, Thiago Jerônimo Pinheiro, vulgo “Thiago Coxinha”, 18 anos, Alessandro Wallace de Freitas Procópio, vulgo “Sandrinho”, 20 anos, além de um adolescente de 17 ansos. As prisões aconteceram na zona Norte de Natal, Parnamirim, Macaíba e São Gonçalo do Amarante.
Todos assumiram a participação no crime e não houve reação por parte dos criminosos no momento da abordagem policial. As armas usadas ainda não foram localizadas. Um carro modelo Celta – placas KME-6352 – e duas motocicletas modelo Titan Fan – placas NNW-3154 e OWB-9512 – foram apreendidas com o grupo. A polícia ainda levanta informações sobre os veículos para saber se os mesmos são fruto de outros roubos.
Apesar de prender os acusados e elucidar como ocorreu o latrocínio, a Polícia Civil ainda não pode afirmar quem disparou contra Ilfan de Araújo. As suspeitas recaem sobre Gláucio Herculano Fonseca. Ele e o adolescente foram os integrantes da quadrilha que entrou na padaria. “Todos os indícios apontam que Gláucio efetuou os disparos, mas dependemos da prova científica para afirmar categoricamente”, disse a delegada titular da 1ª DP, Rossana Pinheiro. “Os acusados, apesar de confessarem participação no crime, não confessam quem teria efetuado os disparos. A dúvida será tirada quando recebermos o resultado do exame residuográfico”, acrescentou.
Reprodução Cidade News Itaú via Tribuna do Norte
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