Morreu nesta quarta-feira (21) em Caracas, aos 89 anos, o ex-presidente da Venezuela, Jaime Lusinchi. Ele, que governou o país de 1984 a 1989, estava
hospitalizado há vários dias por conta de um problema pulmonar, segundo informaram fontes de seu partido político, Acción Democrática (AD, ação democrática).
O filho do ex-governante, Álvaro Lusinchi, já tinha confirmado mais cedo nesta quarta-feira para a Agência EFE sobre a saúde crítica do político. "Já está há vários dias em tratamento intensivo, com problemas pulmonares desde o mês passado e vem piorando. A evolução não é positiva, é preciso se preparar para o pior", disse o filho do ex-chefe de Estado.
Jaime Lusinchi, que completaria 90 anos no próximo dia 27, retornou à Venezuela no final de 2009 vindo de Miami (EUA), após sofrer complicações de uma úlcera gástrica que o obrigaram a ser internado em um hospital dessa cidade americana.
Após o seu mandato, Lusinchi foi acusado de tráfico de influência na alocação de dólares preferenciais e de malversação de recursos públicos.
No dia 27 de fevereiro de 1997, o extinto Tribunal Superior de Salvaguarda (TSS) da Venezuela opinou que as acusações tinham prescrevido.
Mas em 1999, a Suprema Corte de Justiça revogou essa decisão e ordenou a remissão do expediente ao Circuito Judicial da Área Metropolitana de Caracas para que seguisse o procedimento correspondente, sem que desde então surgissem novidades.
A Promotoria venezuelana anunciou em março de 2008 que acusaria o ex-presidente por sua suposta relação com a morte de nove pessoas em maio de 1986, em um incidente conhecido como "o massacre de Yumare", cometido contra supostos guerrilheiros, mas também não houve mais novidades sobre o estabelecimento de um processo judicial desde então.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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