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domingo, maio 04, 2014

Agricultores estimam queda de até 70% na produção devido a poucas chuvas

Chuvas tardias não foram suficientes para salvar plantioAgricultores do município estimam perda de até 70% na produção este ano por causa do pouco volume de chuvas registrado até o momento. De acordo com dados do Sindicato
da Lavoura, hoje, há milhares de famílias em Mossoró que sobrevivem da agricultura, em sua maioria dedicada ao cultivo de culturas de subsistência como milho, feijão e jerimum.
"Com as chuvas após março não há como ter safra porque as culturas que a maioria dos agricultores planta deve ser iniciada entre fevereiro e meados de março. Torcemos para que as chuvas continuem a cair para poder encher açudes e lençóis freáticos e salvar pelo menos os animais", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Lavoura (Sindlavoura), Francisco Gomes.
De acordo com o meteorologista José Espínola, esperava-se para o período do inverno deste ano, que vai de fevereiro a maio, um volume de chuvas por volta de 485mm, mas, até a terça-feira, 29, o total de chuvas registradas na cidade foi de 375mm, montante 110mm abaixo da média para o acumulado até o fim de abril. O meteorologista conta que a perspectiva é que continue chovendo durante o mês de maio, que deverá ficar dentro da média esperada de 100mm.
Como forma de compensar as perdas que vêm sofrendo no campo desde 2011, Francisco Gomes afirma que os agricultores mossoroenses têm tentado diversificar as atividades econômicas desenvolvidas e se dedicado também à criação de porcos e venda de produtos manufaturados como polpas e doces, sobretudo com destino à merenda escolar, além de buscar apoio de programas de auxílio por parte do Governo Federal, Estadual e Municipal.
"Temos, apesar de toda a burocracia, contado com programas federais como o Garantia Safra e o programa Emergencial. A nível de Estado, há a distribuição da torta (ração) para os animais, e o município tem oferecido carros-pipa a 34 comunidades rurais. Gostaríamos que houvesse menos burocracia para que mais pessoas pudessem furar seus poços e participar de programas de financiamento. Todos esses auxílios são precisos, afinal, se o campo não planta, a cidade não janta ", conta.

Reprodução Cidade News Itaú via O Mossoroense

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