Um tremor de 5,8 graus de magnitude na escala Richter sacudiu a capital do Chile e as regiões de Valparaíso e de O'Higgins, a cerca de 100 quilômetros ao sul de
Santiago, no fim da noite desta sexta-feira (4), segundo o Instituto Sismológico da Universidade do Chile. Não houve alerta de tsunami e ainda não há informações sobre vítimas ou danos causados pelo abalo, de acordo com a agência EFE.
O instituto informou que o terremoto teve duração superior a um minuto com epicentro localizado a 36 quilômetros ao oeste da cidade de Quillota, na região de Valparaíso. Segundo a repóter Kíria Meurer, da TV Globo, que está em Santiago, o tremor na capital do país foi intenso e assustou as pessoas no fim da noite.
Desde o início da semana, o país chileno vem sofrendo com uma série de tremores de terra. O mais forte ocorreu na última terça-feira (1), quando um abalo de 8,2 graus na escala Richter atingiu a região norte, causou danos e matou seis pessoas. Esse terremoto foi seguido por centenas de réplicas, uma delas de 7,6 graus na noite da quarta-feira e que continuaram na madrugada de sexta-feira (4).
Protestos
Durante a noite desta sexta-feira (4), dezenas de pessoas se manifestaram na cidade de Iquique, a 1,8 mil quilômetros de Santiago, em protesto pela falta de ajuda após o terremoto da última terça-feira (1), que deixou seis mortos, vários feridos e danos materiais no extremo norte do Chile.
Os manifestantes incendiaram algumas barricadas em uma avenida da cidade e interromperam o trânsito em outras ruas da capital da região de Tarapcá, uma das mais atingidas pelo tremor, que também causou grandes estragos nas regiões de Antofagasta, Arica e Parinacota.
O protesto, segundo o site 'Emol', começou às 19h quando um grupo de desabrigados reivindicava cobertores, roupas e outros elementos às autoridades para poder enfrentar as consequências da catástrofe.
Zona de catástrofe
A presidente chilena, Michelle Bachelet, deu instruções aos ministros do Interior, Rodrigo Peñailillo, e da Defesa, Jaime Birgos, para que viajem a Iquique e acelerem a segunda fase do plano de ajuda, que se concentra nas localidades mais afastadas do litoral.
Logo depois do terremoto de terça-feira, Bachelet assinou um decreto que declarava as regiões afetadas pelo tremor como zona de catástrofe e colocava a manutenção da segurança e a ordem pública sob o controle militar, com objeto de evitar saques e desordem.
Após cancelar todas as atividades previstas para a quarta-feira, Bachelet viajou acompanhada de vários ministros para as cidades de Iquique, Arica e Alto Hospicio para ver de perto as dimensões da catástrofe e coordenar o plano de resgate.
O Ministério da Saúde decretou estado de alerta em Iquique na quinta-feira por cortes no fornecimento de água potável após o terremoto. Nos últimos dias, a população do extremo norte esteve submetida a vários problemas, desde a tensão pelas constantes e fortes réplicas, até a escassez de água. Além disso, houve aumentos abusivos nos preços dos produtos básicos, o que, junto com a perda da moradia e de trabalho, gerou um grande mal-estar entre os cidadãos.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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