O Exército da Coreia do Sul testou com sucesso os primeiros mísseis de fabricação nacional capazes de alcançar qualquer alvo em território
norte-coreano, anunciou Seul.
As Forças Armadas "realizaram com sucesso os lançamentos de teste dos mísseis", informou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, após explicar que os projéteis atingiram com precisão nos alvos designados durante um exercício que aconteceu no último dia 23.
As manobras se desenvolveram em um campo de tiro da cidade de Taean, a cerca de 100 quilômetros de Seul, com a supervisão de oficiais do alto escalão das Forças Armadas do país.
Os primeiros mísseis balísticos sul-coreanos com capacidade de alcançar qualquer parte do território da Coreia do Norte possuem alcance de 500 quilômetros e uma capacidade de carga de 1 tonelada, explicou o representante do Ministério da Defesa.
A Coreia do Sul não possuía, até agora, mísseis balísticos com uma categoria superior a 300 quilômetros devido às restrições impostas pelos Estados Unidos no acordo de defesa bilateral.
No entanto, em outubro de 2012, os americanos concordaram em revisar o tratado e autorizaram Seul a ampliar o alcance máximo de seus mísseis balísticos de 300 para 800 quilômetros, por causa do aumento das ameaça da Coreia do Norte.
Com isso, a Coreia do Sul começou a fabricar os novos projéteis de maior categoria, que finalmente foram testados com sucesso há duas semanas.
Tensão regional
A notícia chega em um momento de tensão regional, despertada pelo exercício militar conjunto anual Foal Eagle, que Seul e Washington realizam desde o final de fevereiro e que vai até 18 de abril em território sul-coreano.
A Coreia do Norte, que considera essas manobras um "ensaio" para a invasão de seu país, respondeu com lançamentos ao mar de mísseis de curto e médio alcance, e realizou seu próprio exercício de defesa com fogo real perto da fronteira.
Os EUA mantêm 28,5 mil efetivos na Coreia do Sul e, em virtude do acordo militar entre os dois países, se compromete a defender seu aliado diante de uma hipotética agressão do regime de Kim Jong-un.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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