quarta-feira, abril 02, 2014

Servidores da Saúde de Natal decidem iniciar uma nova greve

Assembleia-no-Sinsenat-WROs servidores públicos de Natal deflagraram greve unificada da categoria a partir de segunda-feira (7) por tempo indeterminado. A paralisação atingirá todas as
secretarias municipais e pede reajuste salarial. A decisão da categoria foi tomada nesta quarta-feira (2) durante realização de assembleia geral. A greve na rede municipal também é esperada nos setores da educação e saúde pública.

Soraya Godeiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat), explicou que o início da greve precisa obedecer ao prazo de 72h, tempo em que o Executivo Municipal deverá ser informado oficialmente sobre a decisão. “Cumpriremos o tempo determinado por lei e a partir de segunda-feira iniciaremos nossa movimentação com um piquete às 7h em frente à Segelm (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças)”, disse.

Na terça-feira da próxima semana, dia 8 de abril, a categoria dos servidores públicos de Natal irá acompanhar uma audiência pública na Câmara Municipal de Natal, onde tramita um projeto do Executivo que prevê reajuste salarial de até 166% para os cargos comissionados.

“A proposta do prefeito Carlos Eduardo é a manutenção do abono salarial para pagamento do salário mínimo e aos demais servidores um aumento de 2%. Um aumento insignificante, irrisório”, destacou Soraya. Em outubro do ano passado a mesma categoria decretou greve, mas as pautas negociadas para por fim àquela paralisação não chegaram a ser cumpridas pelo prefeito.

O decreto de enquadramento dos agentes de mobilidade urbana, que especifica o Plano de Carreira desses profissionais, não chegou a ser publicado no Diário Oficial do Município e, segundo a presidente do Sinsenat, o plano deveria começar a ser implantado neste mês de abril. Além disso, a carreira da Guarda Municipal, que tramita há meses na Segelm, ainda não foi enviada para apreciação da Câmara Municipal de Natal.

“Além disso, muitos servidores estão sem salubridade, sem o um terço de férias garantindo por lei, sem o adicional salarial por trabalhos noturnos. Nenhuma pauta acordada no ano passado foi cumprida. A greve está decretada. Iremos oficializar as razões da paralisação para a Prefeitura e para os vereadores e esperamos que a população compreenda esse novo processo”, disse Godeiro.

O Sinsenat disse reconhecer que os cargos comissionados têm defasagem salarial, mas acha incoerente a Prefeitura Municipal de Natal suprir a discrepância dos comissionados e deixar de atender os servidores igualmente. “Nosso apelo aos vereadores é que eles só votem o projeto dos cargos comissionados quando a Prefeitura apresentar um projeto de lei com proposta digna para os servidores de carreira”, afirmou a líder sindical.

O sindicato ainda denuncia problemas como falta de condições de trabalho dos servidores, aumento da terceirização, falta de comprometimento com os servidores, assédio moral e retirada de direitos profissionais. Atualmente, a Prefeitura conta com cerca de 10 mil funcionários de carreira e 833 cargos comissionados.

Reprodução Cidade News Itaú via Portal JH

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