domingo, abril 06, 2014

Província de Buenos Aires decreta estado de emergência para tentar conter criminalidade

Blog Cidade News ItaúO governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, decretou neste sábado (05/04) estado de emergência durante 12 meses por conta do aumento dos índices de criminalidade. A região engloba 133 municípios, apesar de não
inlcuir a capital do país, Buenos Aires, que é considerada uma cidade autônoma.
Segundo Scioli, a emergência implica a imediata convocação de cinco mil policiais aposentados. "Vamos destinar mais pessoal policial para atividades de prevenção", afirmou. "Essa convocação é por um ano, até que ingressem os novos policiais que estão se formando nas escolas". O governador acrescentou que a apresentação é obrigatória e contará com um incentivo econômico. 

[Daniel Scioli receberá 600 milhões de pesos para a compra de equipamento policial]
De acordo com dados da Procuradoria do Supremo Tribunal Federal, Buenos Aires tem quatro assassinatos diários. Scioli deve receber 600 milhões de pesos (cerca de R$ 150 milhões) do estatal Banco Provincia para a compra de equipamento policial. 
"O estado de emergência é um instrumento legal para acelerar os investimentos que precisamos para enfrentar o tipo de crime com que estamos lidando e para tomar as decisões que precisamos" disse o governador. Os 12 meses, segundo ele, são o tempo necessário para que se formem os novos policiais. 

"Essa declaração de emergência vai servir para aplicar todo o peso de um Estado presente a assassinos e delinquentes. Temos que ser dinâmicos para perseguir, apanhar e prender os criminosos", acrescentou Scioli, dizendo ainda que as medidas significam "patrulhas mais intensas para acurralar o delito". 
Scioli informou também, durante pronunciamento na capital da província, La Plata, que elaborou "um projeto de lei para criar dez procuradorias especiais para o narcotráfico". Além disso, ele fez críticas ao regime penal juvenil da Argentina. "Nossa nação deve a si mesma o debate a respeito de um novo regime penal juvenil. Ainda temos uma norma de ditadura militar que foi questionada pela Suprema Corte", disse. 
O governo também disse que deve enviar ao poder Legislativo diversos outros projetos de lei, como um que limita a soltura de presos e outro que intensifica as medidas contra portadores não-autorizados de armas.
O governador de Buenos Aires convocou "todas" as forças políticas e sociais. "Não podemos seguir discutindo entre nós enquanto lá fora morrem inocentes, se destroçam famílias. Devemos lutar juntos", disse. Segundo ele, a luta contra a insegurança é "a mais importante" para ser "livre". "É o mais sagrado: a luta pela vida. Está-se derramando sangue demais", concluiu. 

Capital

Na última quinta-feira (03), o chefe do governo da capital argentina, Mauricio Macri, se declarou "aliviado" por sua filha estar morando fora do país, porque assim teria "um motivo a menos" pare se preocupar. "Lamentavelmente, está tão má a situação que minha filha esteve fora durante todo o ano e senti muito a sua falta, mas, por outro lado, me dava tranquilidade porque era uma coisa a menos com que me preocupar", afirmou. 

A filha de Macri, entretanto, foi morar em São Francisco, nos Estados Unidos, cidade com taxa de criminalidade mais alta do que a de Buenos Aires: na capital argentina, são 5,46 homicídios dolosos a cada 100 mil habitantes enquanto que, na cidade norte-americana, o número chega a 8,4. 

Reprodução Cidade News Itaú via Opera Mundi

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