Um navio chinês que está em busca da caixa-preta do avião da Malaysia Airlines, desaparecido há quase um mês, diz ter captado um sinal, informou a agência de notícias chinesa Xinhua.
Segundo a agência, o sinal tem a frequência de 37,5khz, o mesmo que é geralmente emitido por caixas-pretas.
No entanto, ainda não há evidências de que o sinal esteja ligado ao voo MH370, reiterou a Xinhua.
O Haixun 01, um dos dois navios chineses envolvidos nas buscas, detectou o sinal em torno de 25 graus de latitude sul e 101 graus de longitude leste.
Segundo o jornal chinês Liberation Daily, três pessoas a bordo teriam ouvido o sinal mas não o gravaram, porque ele teria "vindo repentinamente".
O analista de assuntos internacionais da BBC Nick Childs afirma que apesar de animadora, a notícia deve ser tratada com cautela.
"Nas últimas semanas recebemos pistas que a princípio pareciam muito promissoras, mas que acabaram dando em nada". Para Childs, o elemento significativo é a frequência do sinal detectado, que equivale aos "pings" (sinais de dados) emitidos por caixas-pretas.
"Mas, por enquanto, sabemos muito pouco sobre a natureza deste primeiro contato", diz Childs.
Alta tecnologia
Desde a sexta-feira, equipes de buscas vêm usando equipamento de alta tecnologia para tentar achar a caixa-preta do avião.
Dois navios munidos com tecnologia especial de localização, um americano e outro australiano, vasculham uma rota submarina de 240 quilômetros. Além disso, outros 14 aviões e nove navios participam do esforço.
O voo MH370 está sumido desde o dia 8 de março. Ele fazia a rota de Kuala Lumpur, na Malásia, a Pequim, na China, com 239 pessoas a bordo.
Tudo indica que o avião caiu no sul do Oceano Índico, mas até agora nenhum destroço foi achado.
As buscas estão sendo coordenadas a partir da cidade de Perth, na Austrália.
Os navios Ocean Shield, da Austrália, e HMS Echo, dos Estados Unidos, estão usando tecnologias especiais parecidas. A embarcação australiana leva um "towed pinger locator", dispositivo que é rebocado em baixa velocidade pelo navio, fornecido pela Marinha americana.
A tecnologia equipada nos dois navios tenta ler pings que estão sendo emitidos no mar.
As equipes de buscas têm pouco tempo para usar esta técnica, porque as baterias das caixas-pretas costumam durar apenas cerca de 30 dias.
Com as baterias expiradas, perde-se a chance de se tirar proveito da emissão dos pings para achar o avião.
Ainda neste sábado, a Malásia anunciou ter criado três comitês ministeriais para ajudar a coordenar as buscas pelo avião. Uma nova equipe de investigações vai incluir membros da Austrália, China, Estados Unidos, Grã-Bretanha e França.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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