Faltando pouco mais de dois meses para o início da Copa do Mundo (começa dia 12 de junho), o número de vigilantes que irão fazer a segurança dentro da Arena das
Dunas nos dias de jogos, nos Centros de Treinamento (Frasqueirão e Campo da UFRN) e hotéis nos quais as seleções ficarão hospedadas; está longe do número que foi exigido pela Fifa.
Para a disputa da competição, a entidade máxima do futebol mundial definiu que será necessário um total de 1250 seguranças privados nas cidades sedes. Em Natal, esse trabalho será de responsabilidade dos vigilantes, que precisam passar por um curso de Grandes Eventos, ministrado pela Polícia Federal (PF). A responsável pela contratação dessas pessoas é a Natal Vigilância, vencedora de um processo licitatório. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes do Rio Grande do Norte (Sindsegur), atualmente a quantidade de profissionais da Natal Vigilância que têm esse curso não chega a 100, o que traz preocupação para o sindicato.
“Realmente corremos o risco de chegar na Copa do Mundo e não ter o número de profissionais exigido pela Fifa. Assim, teríamos que recorrer para a ajuda da segurança pública, que de acordo com o que foi definido, atualmente só é responsável por fazer a segurança externa dos eventos da Copa do Mundo”, afirmou Francisco Benedito da Silva, presidente do Sindsegur.
Segundo Benedito, uma das principais preocupações é a falta de interesse dos próprios vigilantes em participarem do curso, que custa R$ 300,00, dos quais R$ 150,00 são pagos pela Natal Vigilância e o restante tem que ser bancado pelo próprio trabalhador. “Estamos fazendo esse esforço para tentar convencer os vigilantes a fazerem o curso. Eles estão pensando que esse curso será apenas para Copa do Mundo. Mas não. Depois, esses profissionais serão os responsáveis pela segurança em eventos na Arena das Dunas, como as competições de futebol no Brasil”.
Ainda de acordo com Benedito, outro ponto que tem atrapalhado é a demora por parte da PF na hora de entregar os certificados que habilitam os vigilantes a trabalharem em grandes eventos. “A culpa nem é da PF. Pois eles falam que o problema é a falta de pessoal, por isso a demora. Além disso, a cada 2 anos fazemos uma reciclagem com os nosso vigilantes e essa documentação, que também é de responsabilidade da PF, demora para sair”. A respeito desse assunto, a assessoria de imprensa da PF afirmou que o órgão irá se pronunciar nesta quinta-feira (10).
Inicialmente, o valor que ficou acordado para ser pago aos vigilantes por 8 horas de trabalho é de R$ 60 (ou R$ 7,5 por hora). Essa quantia também está sendo negociada. “Acreditamos que esse valor é muito baixo e estamos tendo reunião para conseguir aumentar isso. No Ceará, por exemplo, os vigilantes irão receber R$ 12 por hora (R$ 96 por 8 horas). Então iremos tentar negociar esse valor”, argumentou Francisco Benedito.
Para finalizar, o presidente do Sindsegur lembrou que a fiscalização do sindicato em relação às condições de trabalho dos vigilantes e a prática de segurança clandestina será rígida. “Vamos fazer essa fiscalização com o Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal. Queremos que os trabalhadores tenham boas condições de trabalho. Com alimentação ideal e o material de segurança. Além disso, também iremos fiscalizar os vigilantes clandestinos, que são um dos nossos principais problemas. A PF terá um reconhecimento biométrico de todos os vigilantes que fizeram e foram aprovados no curso de Grandes Eventos”.
Reprodução Cidade News Itaú via Portal JH
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