A potência do terremoto de magnitude 8,2 na escala Richter que atingiu o norte do Chile e toda a costa da América Latina no Pacífico,
matando seis pessoas e forçando a evacuação de quase um milhão, poderia ter causado danos ainda maiores, não fosse a preparação do país para eventos desse tipo. Essa é a opinião de autoridades sobre o episódio.
Na avaliação do chefe do Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres, Ricado Mena, o Chile reagiu rapidamente para alertar a população sobre a possibilidade de um tsunami.
Ainda segundo ele, o governo chileno deve dar atenção às políticas de planejamento e organização territorial e também ambientais.
Para Mena, é importante que as iniciativas tenham como foco as ameaças naturais para que o desenvolvimento do Chile possa ser sustentável.
Por ser um dos países com maior atividade sísmica do mundo ao se localizar em uma falha geológica, o Chile conta com altos padrões em construção antissísmica, e treina periodicamente sua população com simulações.
"Todo o Chile aprendeu com os diferentes desastres. Cada um deles vai deixando alguns aprendizados", declarou o ministro de Obras Públicas, Alberto Undurraga.
O terremoto aconteceu às 20h46 (mesmo horário em Brasília) de ontem com epicentro no mar, a 89 quilômetros ao sudoeste de Cuya, na costa da região de Tarapacá.
O Centro Sismológico Nacional informou que, até o momento, 96 réplicas do terremoto foram registradas. Do total, oito foram percebidas pela população e uma foi de intensidade média.
Seis mortos e quase um milhão de evacuados
O Escritório Nacional de Emergência (Onemi) do Chile confirmou hoje que seis pessoas morreram e 972.457 foram retiradas de suas casas por conta do terremoto.
Segundo o relatório do diretor da Onemi, Ricardo Toro, do total de vítimas, três morreram em virtude de parada cardiorrespiratória, duas esmagadas em deslizamentos de terra e uma devido a queda durante a evacuação.
Ainda conforme o documento, oito estradas permanecem interditadas em diferentes pontos das regiões afetadas, declaradas zonas de emergência.
Em Arica 87% da rede elétrica já foi restabelecida. Já a água voltou a 67% dos domicílios. Em Tarapacá, no entanto, 38.509 famílias ainda estão desabrigadas por cortes de energia, e os municípios de Iquique e Alto Hospicio estão sem água potável.
O hospital regional de Iquique sofreu danos que ainda estão sendo avaliados, enquanto cerca de duas mil casas foram danificadas no município de Alto Hospicio, próximo a Iquique, na região de Tarapacá, cerca de 1.860 quilômetros ao norte de Santiago.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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