O comerciante Agacir Antônio da Silva, de 41 anos, pai do adolescente Alexsandro Mendonça da Silva, de 17 anos, que foi morto com um tiro na cabeça no dia 3 de abril, em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, acredita que o filho tenha sido
vítima do despreparo de policiais. Alexsandro foi alvejado durante uma troca de tiros enquanto conversava com amigos a 100 metros de casa. A Delegacia Geral de Polícia nomeou uma comissão para investigar a morte do adolescente e se o tiro que matou o rapaz partiu da arma dos policiais.
"A rua estava cheia de gente e os policiais saíram atirando. Foi um ato irresponsável. Foi Deus que não permitiu que mais gente fosse atingida", disse Agacir. Ele contou que o filho era um garoto tranquilo, que vivia "da escola para casa e de casa para a escola", só falava em fazer faculdade e não costumava ir a festas. Segundo ele, no dia em que foi baleado o filho estava na frente da casa de um colega da escola conversando com os amigos, por volta das 20h, quando ouviram o barulhos dos disparos. "Os amigos disseram que era tiro e correram, ele achou que não era e quando foi correr não deu mais tempo", disse o pai.
Segundo Agacir, vizinhos contaram que os policiais faziam campana a espera de um suspeito e quando o suspeito apareceu começou a troca de tiros. Alexsandro levou um tiro na cabeça. Três policiais civis da Delegacia de Homicídios de Mossoró que participaram da troca de tiros foram afastados dos cargos. Os três agentes realizaram exames no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) que apontarão quem foi o autor do disparo que matou o adolescente.
A comissão que investiga o caso é formada pelos delegados Denys Carvalho, Helder Carvalho de Almeida e Nivaldo Floripes Batista. "Nós só queremos que seja feita justiça. A gente cria um filho com tanto carinho, com tanto cuidado, e de repente se depara com uma violência dessa. Não tem explicação pra dor de perder um filho", disse Agacir.
Reprodução Cidade News Itaú via G1 RN
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