O motorista do ônibus que atropelou e matou três meninas na estrada do Mato Alto em Guaratiba, zona oeste do Rio, na semana passada, explicou que teve um mal súbito
quando estava ao volante. Dimas Vitalino do Carmo demonstrou remorso e disse que mereceria morrer como castigo por ter provocado o acidente.
O condutor conta que não se lembra do acidente e que nunca teve mal súbito antes.
“Minha ficha não caiu. Nunca tive nada parecido, nunca tive um acidente, nunca matei ninguém. Não gosto de matar nem barata, quem dirá crianças. Toda minha dor é a dor dos pais e das mães”.
Uma testemunha, Rafael Nercelhas, disse que tudo aconteceu muito rápido.
“Primeiro ele [o ônibus] pegou o poste de sinalização. Aí, eu vi pegando a menina que estava lá e ela caiu no chão. Em seguida, ele passou em cima das outras meninas”.
De acordo com os médicos, o homem teve uma alteração de pressão acentuada. O médico Mario Brusque diz que pacientes que sofrem mal súbito têm perda de consciência e o corpo não reage.
“Geralmente essa perda dura de segundos a minutos e a pessoa retoma a consciência espontaneamente. Ele pode ter recuperado a consciência no momento da batida”.
Dimas do Carmo afirma que, quando acordou, ainda no volante, saiu do coletivo e se sentou na calçada. Ele contou que o ônibus estava a 40 km/h no momento do acidente.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o motorista foi autuado em flagrante por três homicídios culposos (sem intenção) e por três lesões corporais. Dimas do Carmo deve responder ao processo em liberdade.
Reprodução Cidade News Itaú via R7
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