Construída para receber a Copa-2014, a Arena das Dunas tem exibido baixa média de público no seu primeiro semestre de
funcionamento: foram apenas 6.450 pessoas por jogo. Com essa presença de torcedores, e as rendas atuais, seria necessário realizar 3.026 partidas para pagar os custos de construção do estádio.
Com capacidade para 42 mil pessoas, o estádio custou aos cofres públicos R$ 417 milhões e foi concluído no início deste ano. Atuam em seu campo os maiores times do Rio Grande do Norte, América-RN e ABC. Ambos têm contrato com a gestora da arena: a construtora OAS.
Até agora, as equipes atuaram 14 vezes no estádio, em um total de 15 jogos. A inauguração foi uma rodada dupla dos dois times que teve o maior público com 19.244 pessoas, e uma renda de R$ 469.230,00. Considerados todos os jogos, a média é bem mais baixa: R$ 137.768.
O estádio foi bastante utilizado neste primeiro semestre. Com um pouco mais de jogos, já que não precisará ser cedido para Copa todo ano, pode atingir 40 partidas por temporada. Dessa forma, seriam necessários 75 anos de rendas de jogos para pagar o custo total de construção.
A conta do blog é generosa com a arena visto que não considera as despesas de cada partida, nem os pagamentos feitos pelo governo do Estado do Rio Grande do Norte à OAS para garantir a lucratividade da gestão do estádio. O total do dinheiro que deve ser destinado à construtora soma R$ 1,2 bilhão pela construção e concessão.
Em compensação, para América-RN e ABC, o estádio também não tem sido muito lucrativo. Boa parte das partidas é deficitária por conta do baixo público e o alto custo de uma arena de Copa.
“Em contrato, a OAS garantiu um total de R$ 100 mil para ABC e América para cobrir eventuais prejuízos pelos jogos'', afirmou o presidente da Federação do Rio Grande do Norte, José Vanildo.
No total, arrecadou-se R$ 2 milhões de renda bruta no estádio. Além dos jogos, houve um show na Arena das Dunas no início de abril que reuniu entre outras estrelas Ivete Sangalo. A receita fica com a OAS, e serve ao menos para amenizar os pagamentos do Estado do Rio Grande do Norte para a construtora.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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