Depois de quase um ano, Rogério Ceni resolveu conceder uma entrevista coletiva. O goleiro foi à sala de imprensa do CT da Barra Funda no fim da tarde desta quinta-
feira para falar com a imprensa. Entre outras coisas, fez elogios à gestão do presidente Juvenal Juvêncio, que se encerrará no próximo dia 16, diz que se mantém neutro politicamente, mas apontou favoritismo para o candidato de situação, Carlos Miguel Aidar. E ele confirma: aos 41 anos, vai se aposentar no fim deste ano.
"No fim do ano eu vou parar, mesmo. Não, não vou postergar, não. Não só do São Paulo, como atleta profissional de futebol", falou o goleiro, confirmando a aposentadoria.
Sobre Juvenal, elogiou o modelo centralizador e as vitórias dentro e fora do campo do São Paulo nos últimos oito anos, tempo que durou a gestão presidencial com duas reeleições.
"Eu tive a oportunidade de conviver com ele desde 2002, quando era diretor de futebol, até agora, nos dias atuais. Acho o Juvenal uma pessoa bastante centralizadora, tem uma posição firme em todos os aspectos, um cara que fez com que o São Paulo crescesse muito, se desenvolvesse muito. Apesar de centralizador, fez muita coisa boa pelo clube. Em quase 12 anos, é natural que você tenha bons períodos e períodos difíceis. Ele dirigiu num dos dois períodos mais vitoriosos do clube. Se hoje as coisas não caminham da maneira que a gente imaginava, acho que ele teve uma contribuição muito grande para a instituição. Eu tenho uma admiração muito grande por ele, hoje ele não tem uma participação tão efetiva no CT. E assim, uma coisa que para mim é essencial, ele foi muito importante na época do Marcelo Portugal Gouvêa. Acho que ele foi uma parte muito importante daquele São Paulo como diretor de futebol. Foi muito vencedor, junto com o Pimenta. Ele sai, também, com a conquista de três brasileiros e uma participação muito efetiva. Acho que ele faz parte da história do clube, assim como outros grandes outros presidentes", avaliou o goleiro.
Apesar dos elogios, Rogério Ceni manteve o posicionamento neutro e afirmou que não dará apoio para um dos lados. O goleiro aponta favoritismo de Carlos Miguel Aidar, no entanto.
"Sou um atleta da instituição, sócio do clube há oito, dez anos. Eu não me manifesto porque sou um funcionário do clube, acho que seria antiético da minha parte. O doutor Aidar eu conheço um pouco mais, doutor Kalil [Rocha Abdalla, oposicionista], uma vez eu estive na Santa Casa, fiz uma visita às crianças, Marco Aurélio é um grande amigo com quem trabalhei e tenho um respeito muito profundo. Acho que, logicamente, há sempre uma vantagem para quem tem uma gerência do clube, pelo prestígio que o Juvenal tem. Acho que leva uma grande vantagem. Mas eu respeito a todos. Tem gente muito boa dos dois lados. E tem algumas pessoas não tão boas, mas faz parte da vida", afirmou.
O capitão são-paulino ainda disse estar decepcionado com o rendimento da equipe em campo atualmente. Ele não pede reforços, mas sim mudança de comportamento.
"Eu espero que a gente melhore bastante, porque o que a gente está fazendo não é suficiente para se colocar em briga por títulos nacionais. Que a gente possa no dia a dia melhorar, evoluir. Nós mostramos no Paulista que estamos aquém de muitos outros times. Acho que a gente está devendo, num débito bastante grande. Não pela eliminação, mas pela forma como estamos jogando", avaliou. "Acho que é uma mudança comportamental de todos, não só do time. Acho que é muito mais uma mudança comportamental. Fora de campo é um elenco muito bom, de muita disciplina. Teve uma discussão outro dia que vocês filmaram, mas é uma coisa completamente natural do jogo. Agora, acho que a gente tem que se portar melhor", disse.
Reprodução Cidade News Itaú via Uol
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