O papa Francisco e o presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) brasileiro, bispo da Prelazia do Xingu, dom Erwin Kräutler, reuniram-se ontem na Cidade do
Vaticano, para discutir as violações aos direitos dos índios no Brasil. Dom Erwin, dirigente da entidade indigenista ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), relatou ao chefe da Igreja Católica casos de violência contra as comunidades indígenas, em especial a situação dos povos guaranis e guaranis-kaiowás de Mato Grosso do Sul, que vivem em áreas consideradas insuficientes para suas necessidades.
O presidente do Cimi entregou ao sumo pontífice um documento no qual a entidade indigenista denuncia, entre outros problemas, que as agressões contra os índios são promovidas por grupos privados, em aliança com o Governo federal. “Grupos políticos e econômicos relacionados com a agroindústria, a mineração e construtoras, com apoio e participação do Governo brasileiro, tratam de revogar os direitos territoriais dos povos indígenas”, declara o Cimi sobre o encontro.
De acordo com o Conselho, por volta de 437 terras pertencentes a 204 comunidades indígenas sofrem com os impactos de grandes empreendimentos. O caso da construção de usinas hidrelétricas como a de Belo Monte, no Pará. A entidade indigenista acrescentou que, entre os povos afetados pelos projetos estão grupos em situação de isolamento voluntário. O documento também trata dos conflitos resultantes da disputa por terras entre índios e produtores rurais em vários estados.
Reprodução Cidade News Itaú via Agência Brasil
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