O Governo brasileiro e a Interpol não poderão ter acesso aos históricos penais e aos antecedentes criminais de integrantes de torcidas organizadas
argentinas que vierem ao Brasil para a Copa do Mundo. Foi o que a Justiça argentina decidiu na manhã desta terça-feira. A decisão ainda pode ser revista.
De acordo com Debora Hambo, advogada que representa 38 hinchadas argentinas, aproximadamente 650 integrantes do grupo Hinchadas Unidas Argentinas e outros cerca 1500 Barras Bravas, como são conhecidos os torcedores violentos, têm planos de vir para o Brasil.
"São pessoas com histórico de violência, sim, que têm ficha-suja, mas que têm direito de ir para o Brasil", afirma a advogada.
Segundo Debora Hambo, autoridades brasileiras teriam pedido ao governo argentino uma lista de todos os Barras Bravas com pendências judiciais ou proibidos de entrarem no Brasil.
A advogada trabalha para a Hinchadas Unidas Argentinas desde a Copa do Mundo de 2010, quando 30 integrantes foram presos e deportados ao chegarem à África do Sul para a Copa do Mundo.
A decisão da juíza Cecilia Negre, do Juizado Federal 8, diz que as autoridades brasileiras e a Interpol só poderão ter acesso ao histórico dos torcedores se os mesmos permitirem.
"O Estado Nacional - Ministério da Justiça e Direitos Humanos - deverá abster-se a fornecer dados pessoais e que constam nos diferentes registos nacionais, a República Federativa do Brasil e/ou Interpol Brasil, no âmbito do Acordo de colaboração assinado entre os dois países por ocasião da Copa do Mundo FIFA 2014", diz o documento.
Reprodução Cidade News Itaú via ESPN
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