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sexta-feira, abril 18, 2014

Adolescente de 14 anos confessa a morte do primo de 4; ‘Acesso de raiva’, diz delegado

O adolescente que confessou a morte deixa a Favela Baixa do SapateiroUm adolescente de 14 confessou à polícia a morte do primo, de apenas 4, ocorrida na noite desta quarta-feira, na favela Baixa do Sapateiro,
no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. A informação é do delegado Delmir Gouveia, titular da 21ª DP (Bonsucesso). Segundo o policial, Caio Henrique Santos da Silva levou pelo menos quatro facadas no peito depois de discutir com o primo. O motivo da briga ainda não foi divulgado pela polícia. O delegado disse apenas que o garoto teve um “acesso de raiva”. O adolescente apreendido já tem passagem por furto.

O corpo de Caio foi encontrado dentro da máquina de lavar da casa da família, amarrado e enrolado num edredom. Quem o achou foi a irmã, Anne Karolina, de 13 anos. Ela contou que procurava uma bermuda limpa para vestir e foi até a máquina procurar.
- Quando puxei o pano, vi o pé dele. Na hora, levei um susto. Comecei a gritar - contou Anne Karolina.
Avó de Caio, Maria de Lurdes Lima Santos, de 59 anos, contou que o adolescente chegou à Baixa do Sapateiro na quarta-feira, à procura dos procura dos primos para brincar.
- Todos sabíamos que era um garoto problemático. Ontem, estava brincando com com meu neto à noite e, de repente, os dois sumiram. Quero justiça - disse ela.
Caio estava desaparecido desde a noite de quarta-feira. A mãe dele, Vanessa Lima dos Santos, de 31 anos, esteve na 21ª DP (Bonsucesso) para registrar o desaparecimento do filho na manhã desta quinta-feira. Ela estava na delegacia quando soube que o menino havia sido encontrado morto.
A notícia da morte de Caio causou comoção na Baixa do Sapateiro. Dezenas de moradores foram para a casa da família e hostliizaram o adolescente de 14 anos. Por medida de segurança, ele foi levado para a delegacia num tanque blindado usado pela Força de Pacificação, que ocupa a Maré desde o dia 5 deste mês.

Caio Henrique levou facadas

Os paraquedistas chegaram a usar bombas de gás lacrimogêneo

Reprodução Cidade News Itaú via Extra

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