Preso nesta segunda-feira (24), o tenente da Polícia Militar Iranildo Félix, suspeito de ter matado a tiros de pistola o professor de
musculação e lutador de MMA Luiz de França Trindade, de 25 anos, ameaçou testemunhas durante a investigação do caso. De acordo com o delegado Sílvio Fernando, titular da 11ª Delegacia de Polícia Civil, as ameaças foram uma das justificativas para o pedido de prisão preventiva contra o PM. O crime aconteceu na manhã do dia 10 de fevereiro deste ano na calçada de uma academia na zona Sul de Natal. O oficial nega o crime.
A informação foi confirmada pelo delegado Sílvio Fernando durante entrevista coletiva concedida nesta segunda. "Estava ameaçando três testemunhas. Por isso foi pedida a preventiva, além de outros elementos", afirma.
A prisão preventiva do oficial da PM foi decretada pelo juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo, da 3ª Vara Criminal de Natal, que também emitiu quatro mandados de busca e apreensão nas casas do tenente, da namorada, da irmã e da mãe dele. Além do cumprimento do mandado, o policial militar foi autuado por porte ilegal de arma. Um revólver calibre 38 foi encontrado no carro do PM.
Para a polícia, o crime foi motivado por uma desavença depois que o tenente foi expulso da academia Alta Performance, onde tinha aulas com o atleta. "Luiz dava aulas técnicas, voltadas para mulheres que queriam perder peso. Já Iranildo queria ter aulas com mais violência e acabou desafiando o professor para uma luta. Eles se desentenderam, o dinheiro da mensalidade do tenente foi devolvido e ele acabou expulsou por indisciplina", afirmou o delegado Sílvio Fernando, que preside uma comissão responsável pela investigação. "Foi um motivo tão banal que ele será indiciado por homicídio duplamente qualificado, já que o motivo foi fútil e a vítima não teve chance alguma de defesa", acrescentou.
Ainda de acordo com o delegado, "Iranildo foi detido sob força de um mandado de prisão temporária e encaminhado ao Quartel do Comando Geral da Polícia Militar", onde ficará à disposição da Justiça.
Morte da ex-mulher
Segundo o comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo Silva, o tenente recebeu voz de prisão no momento em que prestava depoimento sobre a morte da ex-mulher, Izânia Maria Bezerra Alves, vítima de disparos de arma de fogo no dia 16 de fevereiro em Macaíba, cidade da Grande Natal. "Ele estava dando esclarecimentos sobre o motivo de estar armado e usando colete à prova de balas naquele dia", afirmou.
Reprodução Cidade News Itaú
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