Favorito para se classificar para as semifinais do Campeonato Paulista, o São Paulo não conseguiu corresponder as expectativas da
sua torcida no Morumbi nesta quarta-feira. No duelo contra o Penapolense, o time de Muricy Ramalho foi eliminado nos pênaltis, assim como aconteceu em 2013, quando a equipe foi derrotada pelo Corinthians na semifinal, após empatar por 0 a 0 no tempo normal. Nas penalidades, Rodrigo Caio errou e o clube do interior venceu por 5 a 4.
Agora, na próxima fase, o Penapolense terá pela frente o duelo contra o Santos. A outra semifinal será entre Ituano e o vencedor de Palmeiras e Bragantino, que jogam nesta quinta-feira.
O pênalti desperdiçado pelo São Paulo foi de Rodrigo Caio. O goleiro Samuel defendeu a cobrança do zagueiro. Rogério Ceni, Luis Fabiano, Ganso e Osvaldo fizeram suas cobranças. Já o Penapolense converteu todas as suas chances.
O São Paulo foi de "time de guerreiros" a desleixado em 45 minutos. Essa foi, pelo menos, a avaliação de grande parte da torcida presente no Morumbi. Se aos 15 minutos do primeiro tempo o estádio gritou "time de guerreiros", aos 15 minutos da etapa final, com o 0 a 0 no placar, o pedido foi de "raça".
O Penapolense teve menos posse de bola que o São Paulo no primeiro tempo de jogo, mas se mostrou um time mais objetivo. Apesar do domínio da equipe da casa, o time do interior chegou algumas vezes à área adversária com perigo.
Paulo Henrique Ganso sumiu no campo durante a primeira etapa. Jogou mais recuado, praticamente na mesma linha de Maicon, e não conseguiu armar jogadas. O detaque positivo foi Osvaldo, que criou as únicas chances do São Paulo. Nenhuma delas, no entanto, se transformaram em oportunidade clara de gol. Para isso, talvez, a bola precisasse alcançar os pés do artilheiros Luis Fabiano, o que não aconteceu.
O time de Muricy Ramalho voltou do intervalo em péssima forma, totalmente desorganizado, e permitiu as melhores chances do Penapolense. O goleiro Rogério Ceni se irritou com os companheiros e, depois de nova finalização adversária, pediu para que os jogadores ofensivos se posicionassem mais próximos dos demais, para que não se formasse um abismo entre os setores de defesa e ataque.
O desespero que contagiou a torcida são-paulina no Morumbi também foi refletido pelo time, em campo. O São Paulo parou de jogar e ficou cada vez mais aberto às investidas do Penapolense. E foi aos 20 minutos do segundo tempo que o destino quase repetiu a improvável cena das quartas de final do Paulistão do ano passado, quando o zagueiro Jailton, do Penapolense, fez o gol contra que deu a vitória de 1 a 0 para o São Paulo: Ademilson – entrou no lugar de Pabon – cruzou, a zaga adversária rebateu e Jailton quase marcou contra outra vez. Mas foi para escanteio.
O Penapolense, de Narciso, sem sistema tático ou estilo de jogo modernos, mostrou-se eficiente. Não houve um contra-ataque mal aproveitado. Em todas as situações em que recuperou a bola, o Penapolense avançou rapidamente e chegou à área são-paulina, para desespero de Rogério Ceni.
O nervosismo do São Paulo resultou em outra cena comum: Luis Fabiano exagerou em falta e recebeu o cartão amarelo. O volante Maicon, por reclamação, também. Pior que isso foi a distância entre os volantes e o quarteto ofensivo no segundo tempo – Ademilson, Ganso, Osvaldo e Luis Fabiano. O Penapolense se aproveitou deste buraco para criar as principais situações.
Reprodução Cidade News Itaú via UOL
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