A CIA 'hackeou' os computadores de investigação do Senado americano para eliminar documentos vinculados aos interrogatórios violentos da
agência de espionagem, acusou nesta terça-feira uma destacada senadora, ao evocar uma violação da Constituição.
"Estou muito preocupada, a busca da CIA pode ter violado o princípio de separação de poderes inscrito na Constituição americana, incluindo a liberdade de expressão e de debate", declarou a presidente da comissão de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, durante uma declaração de mais de 30 minutos ante o Senado.
O diretor da CIA, John Brennan, negou as acusações.
"Nada poderia estar mais longe da verdade", afirmou Brennan. "Nós não faríamos isso".
O caso remonta há vários anos. A comissão de inteligência iniciou uma investigação em 2009 sobre o programa de interrogatórios violentos da CIA, incluindo a prática chamada "submarino", que simula um afogamento, que foi muito utilizada durante os mandatos de George W. Bush (2001-2009).
Investigadores da comissão tiveram então acesso a um prédio de alta segurança, não muito distante de Washington, a mais de 6 milhões de documentos entregues pela CIA, os quais podiam consultar em computadores protegidos e aos quais a CIA não deveria ter acesso, segundo um acordo entre o Senado e a agência de inteligência.
Mas em 2010, mais de 900 páginas com documentos particularmente importantes desapareceram dos expedientes protegidos dos investigadores, segundo Feinstein.
Reprodução Cidade News Itaú
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