Satélites de observação da Terra pertencentes a 15 países estão procurando o avião a Malaysia Airlines desaparecido desde sábado
(8) com 239 ocupantes, em virtude de um acordo internacional. Além disso, participam da missão de resgate do voo MH-370 aeronaves e embarcações de 20 países.
Nesta quarta-feira (12), foi ampliado mais uma vez a área o perímetro de busca do avião para o mar de Adaman, a centenas de quilômetros ao noroeste da primeira zona rastreada. Já é o quinto dia de buscas pela aeronave, sem sucesso e em meio a uma grande confusão de versões.
A área foi ampliada após informações de radar que indicariam a "possibilidade" de o avião ter alterado sua rota sobre o Mar do Sul da China.
"Temos de examinar todas as possibilidades", afirmou o diretor da aviação civil malasiana, Azharuddin Abdul Rahman.
O mar de Adaman é limitado ao sul pela ilha indonésia de Sumatra, e ao leste e ao norte por Tailândia e Mianmar.
A Carta Internacional sobre o Espaço e as Grandes Catástrofes indicou em seu site que a China ativou este acordo internacional que data de 2000.
Em virtude deste acordo, em casos de emergência, as 15 agências espaciais ou institutos nacionais signatários, pertencentes aos Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Índia, Argentina e Brasil, podem colocar seus satélites à disposição das operações de resgate.
Neste caso, estes satélites dedicados habitualmente à observação meteorológica ou à supervisão do meio ambiente, entre outras coisas, proporcionam imagens grátis da região afetada.
"Agora se está usando a imaginologia para buscar rastros do avião, tanto antes como depois que desapereceu", indica o site.
A Carta foi ativada centenas de vezes, principalmente para organizar tarefas de resgate depois de desastres naturais, como inundações, tsunamis, ciclones ou terremotos.
Dessa forma, foi ativada em novembro, quando o supertufão Haiyan sacudiu as Filipinas.
Desentendimentos
A ampliação da área de buscas é o foco do mais novo desentendimento entre os países que fazem parte do esforço internacional de busca pelo avião desaparecido. O governo da Malásia justificou a ampliação da área com base em informações de que radares teriam detectado o avião a noroeste do país.
Em contrapartida, autoridades do Vietnã divulgaram a informação de que radares do país haviam detectado uma mudança na rota do avião e que essa informação havia sido repassada ao governo da Malásia, mas ignorada nos primeiros dias de buscas.
Nesta quarta-feira, o Vietnã informou a redução de sua participação do trabalho de buscas até que o governo da Malásia liberasse as informações que tem a respeito do paradeiro do voo.
"Nós informamos a Malásia no dia em que perdemos o contato com o voo de que nós havíamos detectado que o voo havia retornado em direção a oeste, mas a Malásia não nos respondeu", disse Pham Quy Tieu, vice-ministro de Transportes do Vietnã.
O general malasiano Rodzali Daud desmentiu, nesta quarta-feira, que um radar tenha detectado a passagem da aeronave sobre o estreito de Malaca, como informou um jornal do país.
Mais cedo, o general havia informado que radares militares haviam detectado uma aeronave que poderia ser o avião da Malaysia Airlines 45 minutos depois de ele ter desaparecido dos radares do Vietnã.
De acordo com as autoridades da Malásia, as últimas palavras dos comandantes do voo MH-370 registradas pelas torres de controle foram: "Tudo bem, entendido. Boa noite". As palavras teriam sido registradas no momento em que o avião entrava no espaço aéreo do Vietnã.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!