A Polícia Civil de São Paulo acredita que cabeça encontrada na Praça da Sé na quinta-feira seja da vítima que teve o corpo esquartejado e
espalhado ao redor do cemitério da Consolação. O delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, Itagiba Franco, afirmou que aguarda apenas o laudo final do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar a ligação entre o aparecimento da cabeça e de outras partes do corpo. A investigação do DHPP concluiu que os cortes no pescoço e no dorso são compatíveis. "Tudo leva a crer que se trata da mesma vítima, mas vamos ter cautela e aguardar os exames", afirmou o delegado.
Segundo a polícia, o homem tem entre 30 e 40 anos, é branco e usava bigode. Como a cabeça estava em estado de decomposição, o delegado disse que a vítima está irreconhecível. Nesta quinta-feira, a família de um jovem de 23 anos que está desaparecido foi ouvida no DHPP, mas a polícia descartou a possibilidade de ser o morto.
A cabeça foi encontrada por um morador de rua em um saco plástico no chão, ao lado de uma fonte na Praça da Sé, centro de São Paulo. O morador de rua abriu o material, sentiu um forte cheiro e chamou a Guarda Civil Municipal. A polícia acredita que o saco tenha sido deixado pouco tempo antes na Sé porque equipes de limpeza haviam passado recentemente pela área.
Tanto o saco plástico quanto a fita usados para guardar a cabeça serão periciados para saber se são os mesmos que embrulharam as partes do corpo da vítima deixadas em Higienópolis. A fita usada, no entanto, tem um material de difícil detecção de impressões digitais.
Imagens - A polícia já reuniu 40 minutos de gravação de câmeras na região do Cemitério da Consolação, na Zona Oeste, onde um homem com um carrinho de compras passou pelos locais onde os pedaços do corpo foram dispostos. Foi em cima de um carrinho de compras que o dorso da vítima foi localizado.
Reunindo as imagens, a polícia calcula que o homem tenha chegado no domingo às 7h41 na Rua Itacolomi, passando pelas Ruas Sergipe e Sabará às 7h45. Na esquina dessas ruas foi deixado o saco com as pernas e braços, que teriam sido as primeiras partes do corpo jogadas na rua.
Agora, a polícia tenta estimar o trajeto do suspeito nos outros dois pontos onde foram encontrados pedaços do cadáver. Um retrato falado com base nas imagens está sendo produzido.
Reprodução Cidade News Itaú via Revista Veja
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