Com a confirmação que o sistema de segurança do condomínio não estava ligado, a Polícia Civil irá investigar as câmeras de segurança
das proximidades da casa de praia onde o croata Ante Stanic, 57 anos, e o sueco Faik Nekic, 78, foram assassinados na noite da última sexta-feira (07). O crime ocorreu em Jenipabu, no litoral Norte do Estado e os corpos só foram encontrados no final da tarde de sábado (08).
“Analisamos que outros locais nas proximidades têm câmeras de segurança que estavam ligadas. Então já informei isso para o delegado que irá cuidar do caso e ele pedirá essas imagens”, destacou o delegado Everaldo Lopes, que atendeu a ocorrência durante o plantão deste final de semana. Inicialmente, as investigações seriam conduzidas pelas Delegacia de Extremoz, mas como as vítimas possuem vistos de turistas, a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR) ficará a frente do caso. De acordo com Everaldo, uma das linhas de investigação é que a dupla tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), já que foram levados um Pálio prata de uma locadora de veículos, uma televisão, uma bomba d’água, entre outros pertences.
Everaldo também informou que vizinhos viram uma mulher na casa no mesmo dia em que os assassinatos ocorreram. “Nas investigações iniciais que foram feitas pessoas nos informaram que uma mulher estava no local e nós já estamos tentando identificá-la. Informações que temos é de que, como a dupla era solteira, eles fizeram muitas festas no local, com muitas mulheres, que gritavam bastante durante as festas. Então é possível que essa mulher tenha facilitado a entrada dos suspeitos no local”.
Pela maneira como foram encontrados e pelo porte físico da dupla assassinada, Everaldo acredita que um grupo de pelo menos quatro pessoas foi responsável pelas mortes. “O mais provável é que realmente tenha sido um grupo grande, com pessoas mais fortes, pois caso contrário não teria sido possível fazer tudo o que foi feito com as vítimas. O delegado ainda afirmou que o croata e o sueco foram fortemente espancados antes de serem mortos.
“Quando chegamos no local encontramos muitos sinais de violência. Os dois estavam apenas de calção de banho, com as mãos amarradas para trás com muita força, sacos plásticos na cabeça e também amordaçados. Além disso, eles tinham vários ferimentos na cabeça. Os dois estavam sangrando pelo boca, nariz e orelhas. Foi uma violência muito grande”. A polícia foi informada da ocorrência após um caseiro tentar contato com Ante, proprietário da casa há 10 anos, e não conseguir. Após várias ligações, o caseiro decidiu ir ao local, encontrando os homens mortos.
De acordo com a assessoria do Itep, a causa da morte dos estrangeiros, apesar de tudo indicar que tenha sido mesmo por asfixia, ainda está sendo definida, já que o perito responsável pelo caso ainda espera resultado de exames laboratoriais. Os corpos de Ante e Faik ainda estão na sede do Itep, que está esperando algum familiar para fazer o reconhecimento.
21 mortes registradas pelo Itep no último fim de semana
O último final de semana foi um dos mais “movimentados” no Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) em 2014. Um total de 21 pessoas morreram entre as 8h do sábado (8) até as 8h desta segunda-feira (10). O período mais violento aconteceu entre as 17h do sábado e 6h do domingo, quando 11 pessoas perderam a vida. Durante esse tempo, foram contabilizadas cinco mortes por arma de fogo, duas por asfixias, dois por acidentes, um por enforcamento e um ainda por esclarecer.
Além das mortes dos dois estrangeiros, o jovem Francisco Canindé, de 18 anos, foi morto quando estava dirigindo uma motocicleta, juntamente com um amigo que estava na garupa. Eles foram alvejados por um homem, ainda não identificado, que atirou e depois fugiu. Francisco morreu no local e o amigo fugiu depois de ter sido atingido na perna e quadril.
Na madrugada desta segunda, por volta das 3h30 da manhã, um corpo ainda não identificado foi encontrado no cruzamento da Rua João Hélio com a Rua Fênix, no bairro Planalto, Zona Norte de Natal. O homem estava com uma marca de tiro no rosto e a polícia ainda não tem pistas sobre o que pode ter motivado o crime.
Reprodução Cidade News Itaú
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